#2013 projeta, apenas, a recuperação das perdas acumuladas no ano passado

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Em 2012 a produção estimada contabilizou aproximadamente 63 milhões de toneladas de ração (2,3% menos do produzido em 2011) e 1,95 milhão de toneladas de suplementos minerais (17% menos do produzido em 2011), influenciada pela evaporação do capital de giro consequente í s recuperações judiciais requeridas por produtores descapitalizados (dentre eles, independentes, cooperados, integrados e confinadores) e por conta da explosão de preços do farelo de soja e do milho, redução do alojamento de matrizes, pintinhos e bovinos e do ritmo exportador.

A Indústria Brasileira padeceu e sofreu de maneira geral, a taxa de investimento alcançou apenas 18% do PIB e o setor de transformação limitou-se í  metade do recorde alcançado há quase 30 anos, quando representava 1/4 da riqueza apurada em 1985. Apesar do consumo das famí­lias e do governo aumentarem, cada um, pouco mais de 3%, o recuo de 0,8% do setor industrial e o tombo de 2,3% na agricultura somaram-se í  queda de 4% na formação bruta de capital fixo. Essa perda de competitividade doméstica e internacional e a defasagem tecnológica atrapalharam sobremaneira a inserção da indústria brasileira nas cadeias produtivas globais rumo ao mundo desenvolvido.

O marasmo internacional prevalente e a economia doméstica que não dá sinais de recuperação tem demonstrado que a crise global escancarou a fragilidade da cadeia produtiva nacional e o pí­fio desenvolvimento apurado, além da inflação que persiste bater no teto vai requerer moderação e esforço compartilhados de todos os envolvidos.

A tão esperada reação da economia somente a partir do segundo semestre pode ainda reservar í  indústria de alimentação animal brasileira um avanço de 3% na produção e representar apenas recuperação do retrocesso apurado no ano passado, uma vez que no primeiro trimestre o tí­mido desempenho alcançou pouco mais de 14,6 milhões de toneladas e quase 1% abaixo do produzido no mesmo perí­odo de 2012.

Ariovaldo Zani
Vice-Presidente Executivo

AVICULTURA DE CORTE

Embora no ano passado, a tendíªncia seguiu retração no alojamento de matrizes (46,5 milhões) e pintinhos (6 bilhões), a avicultura de corte pode ainda produzir mais de 13 milhões de toneladas de frango em 2013, caso a demanda doméstica recupere o vigor e as exportações alcancem novos destinos. De Janeiro a Março o setor consumiu 4,2% menos ração que no mesmo trimestre de 2012, enquanto a previsão é alcançar 31,7 milhões de toneladas até o final do ano, ou seja, um crescimento de 2,1% em relação í s 31,1 milhões de toneladas produzidas em 2012. A recuperação do preço pago ao produtor somada ao alí­vio no custo do farelo de soja e do milho – concomitantemente apurados desde final do ano passado – podem estimular o alojamento e dinamizar a oferta de frango.

AVICULTURA DE POSTURA

A produção de ração para postura cresceu 5,4% e somou 5,2 milhões de toneladas durante o ano de 2012, em resposta ao incremento de quase 8% no alojamento das 85,7 milhões de pintainhas que eleva a estimativa para um plantel total de 120 milhões de poedeiras. A produção de ovos aumentou 0,7% e a quantidade exportada avançou mais de 60% ante 2011. A tendíªncia de valorização no preço do ovo pago ao produtor que perdura por quase um ano e a demanda por rações de postura que já avançou 3% no primeiro trimestre permite prever a produção de 5,4 milhões de toneladas ao longo de 2013 e um incremento anualizado da ordem de 2,6%.

BOVINOCULTURA DE CORTE

O fornecimento de rações para bovinos de corte estimado em 2012 retrocedeu mais de 5% e alcançou apenas 2,6 milhões de toneladas em resposta í  redução do número de animais alojados por causa do custo elevado da alimentação concentrada e da pressão sobre o preço da arroba motivada pelo mercado ofertado de animais, acentuado pela participação das fíªmeas que representaram 42% do abate total. De Janeiro a Março de 2013 a demanda por rações manteve estabilidade quando comparada ao mesmo trimestre do ano passado, apesar da maior oferta de bois e abate maior de matrizes que não emprenharam.

A intenção pode aumentar no segundo ciclo e culminar no confinamento de 3,4 milhões de cabeças com incremento de 4% na demanda por rações e produção de 2,7 milhões de toneladas em 2013, ano provavelmente caracterizado pela possí­vel reversão do ciclo pecuário.

BOVINOCULTURA DE LEITE

O setor produziu 4,8 milhões de toneladas de rações para bovinocultura leiteira em 2012, resultado da seletividade do pecuarista que eliminou vacas de baixa qualidade para melhoria da produtividade, apesar da média nacional ainda não alcançar 1400 litros/vaca/ano. O alto custo da alimentação com concentrado corroeu a margem do produtor, situação agravada pela estabilidade do preço pago pelo leite influenciada pelas importações de lácteos oriundos do Uruguai e Argentina e da atipicidade pluviométrica que se abateu no ano passado. Nos tríªs primeiros meses o consumo de rações aumentou 3% quando comparado ao primeiro trimestre do ano passado. No entanto, retrocedeu quase 20% em relação ao último trimestre de 2012 e projeta produção de 4,9 milhões de toneladas ao longo de 2013, marca que pode ser superada caso o preço do leite mantenha a tendíªncia de valorização e o custo do milho e farelo de soja mantenha viés de baixa.

SUINOCULTURA

A receita da exportação de carne suí­na em 2012 cresceu 4% e a quantidade embarcada mais de 12%, apesar da contí­nua evolução da produção na Rússia e do embargo argentino. O salto do preço do milho e farelo de soja inviabilizou muitos pequenos e médios empreendimentos independentes e influenciou sobremaneira a demanda por rações que recuou 2,2% e alcançou 15,1 milhões de toneladas. A liquidação forçada de parte dos planteis ofertou mais carne no mercado doméstico e pressionou o preço do animal vivo que desvalorizou 3% ao longo do ano, apesar da recuperação verificada no segundo semestre. A retração dos embarques e enfraquecimento do consumo doméstico de carne suí­na pressionaram os preços apurados e esfriaram a demanda por rações que avançou 1% no primeiro trimestre de 2013. Apesar da contí­nua tendíªncia de consolidação dos independentes e da manutenção do rebanho de matrizes, a indústria de rações poderá crescer 2,5% e produzir 15,5 milhões de toneladas de rações, caso o custo de produção não sofra tanta volatilidade ao longo do ano.

CíƒES E GATOS

A produção de alimentos para cães e gatos cresceu 4% em 2012 e alcançou cerca de 2,3 milhões de toneladas impulsionada pela crescente antropomorfização que caracteriza a relação entre esses animais de companhia e seus respectivos proprietários que se estabeleceram no mercado de trabalho formal e tiveram sua renda e disponibilidade de crédito aumentados. A estimativa é que o setor varejista de alimentos para animais de companhia em geral tenha faturado cerca de R$ 9,5 bilhões no ano passado e no caso dos cães e gatos já represente algo em torno de 7% do mercado global que vendeu 65,8 bilhões de dólares, ou quase a metade das vendas apuradas na América Latina que podem ter alcançado 10,3 bilhões de dólares em 2012. Apesar da pesada carga tributária que alcança 50%, a produção estimada pode crescer aproximadamente 5% em 2013 e superar 2,4 milhões de toneladas, mais uma vez impulsionada pela classe média emergente (nova classe C) que já representa mais da metade da população brasileira.

PEIXES E CAMARí•ES

Em 2012 a demanda por rações para peixes foi de 575 mil toneladas, caracterizada pelo contí­nuo crescimento que alcançou 15%, enquanto a produção de rações para camarões aumentou 7,1%, reação que redundou em 75 mil toneladas. O lançamento do Plano Safra de incentivo í  produção aquicola e a expectativa de harmonização nos requisitos para concessão de licenças devem manter o dinamismo apurado nas respectivas cadeias produtivas. Durante o primeiro trimestre já foram consumidas mais de 200 mil toneladas de rações para peixes e camarões, o que permite prever a produção de mais de 740 mil toneladas de rações em 2013, ou seja, um crescimento de no mí­nimo 14%.

 

 

 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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