Para aumentar a produtividade e lucratividade da atividade leiteira, a alternativa que pode ser implantada nas propriedades, a um baixo custo, é o pastejo rotacionado. Neste sistema as áreas são separadas em piquetes e submetidas a períodos alternados de pastejo e descanso. Para estruturar a fazenda, o produtor poderá utilizar as divisões já existentes ou redistribuir o pasto.
Um exemplo de fazenda que adotou o método e melhorou a produção é a São Sebastião, de Campo Florido em Minas Gerais. Atualmente, a propriedade possui 390 vacas em lactação e tira cerca de seis mil litros de leite por dia. O zootecnista da São Sebastião, Henrique Milagres, afirma que «quando o pastejo rotacionado é implantado se torna mais fácil aproveitar a forragem e ofertar alimentos ao animal».
Na fazenda são 53 hectares divididos em cinco módulos de 16 piquetes. São distribuídos em média 80 animais por lote que a cada um dia e meio trocam de piquete. Após pastejar a primeira área, todo o lote é transferido para a segunda e assim sucessivamente até retornar a primeira, fechando um ciclo de 20 dias. As vacas são alimentadas a pasto com um concentrado durante a ordenha, realizada duas vezes ao dia. Para que o animal tenha um bom desempenho é preciso que a forragem esteja sempre em níveis adequados.
Outro dado importante é o espaço a ser ocupado pelo gado. «É ideal proporcionar um bebedor que não exija a troca diária, um cocho fixo no piquete, postes de eucalipto tratados e dois fios de arame de choque para o sistema ficar completo. É um investimento em estrutura de ordenhas e piquetes que trará ganhos. Não é tão caro, por exemplo, quanto adotar um gado em free-stall, onde é necessária a construção de um galpão para as vacas» complementa Henrique. O ambiente destinado ao cocho de sal disponível por animal e o local do bebedouro vão refletir diretamente no desempenho da produção final. Porém, o tamanho irá variar de acordo com a necessidade de cada propriedade.
O corredor de acesso aos piquetes e as porteiras de entrada e saída devem ser adequados ao tamanho dos lotes, que será analisado individualmente em cada fazenda. Um bom manejo dos funcionários é uma das peças chaves para o sucesso neste momento. «Os esforços dedicados à estruturação não terão rendimento se após tudo pronto não houver um controle de entrada e saída do gado em cada área dividida».
As vantagens na escolha do pastejo rotacionado vão desde um maior controle de um rebanho até a melhora na alimentação. «O importante dessa técnica é o produtor conhecer a variedade de capim que está trabalhando para saber a altura de entrada de cada variedade. Maximizar a ingestão de folhas faz toda diferença nesses sistemas. Quanto mais forragem de qualidade uma vaca de leite ingere, maior é a chance de economizar no concentrado», pontua Tiago Moraes, técnico de Leite da Alta.
Para aprimorar ainda mais o resultado, o melhoramento genético por meio da inseminação artificial contribui na busca de animais rústicos, de boa produção e adaptação ao pastejo rotacionado. Na fazenda São Sebastião, por exemplo, são utilizados os touros Alta Fausto, Raven Wildman e Rocky Goldwyn conhecidos pelo equilíbrio perfeito entre a conformação e produção que transmitem a suas filhas. Segundo Henrique, «além de utilizar os sêmens dos touros Alta, também realizamos o acasalamento direcionado com a colaboração do pessoal da Empresa. Este é um trabalho que chegou para ficar e traz resultados satisfatórios».
A Alta hoje é considerada uma das maiores e mais importantes centrais de distribuição de sêmen do mundo – foi fundada no Brasil em maio de 1996, em Uberaba (MG) sob o comando de Heverardo Rezende de Carvalho. Composta por mais de 130 colaboradores em sua Matriz em Uberaba, e mais de 700 em todo o país, a Alta do Brasil está localizada na BR 050 – km 164 -, num terreno de 110 hectares onde há mais de 12.000 m2 de construção.
Assessoria de Imprensa