Na teoria, a baixa no preço do milho deveria provocar recuo também no preço das carnes (frango, vaca e porco) por ser o principal produto usado nas rações utilizadas na atividades agropecuárias. No entanto, na prática o fato não se confirma.
De acordo com Paulo Sérgio Soares, presidente da Aproleite, o preço da ração continua alto. O motivo seria a alta no preço da soja, que compõe 30% das rações, além de outros fatores agregados. Por mais que o milho tenha caído de preço, a soja acabou igualando os valores nos últimos meses.
“O preço da ração ainda continua altoâ€, declara Paulo. “No entanto, o valor pago aos produtores pelo litro do leite melhorou um pouco e no último míªs ficou em torno de 1,12â€, declara o presidente da Aproleite. Para o consumidor final, o preço do leite nos supermercados subiu nas últimas semanas, variando entre R$ 2 e R$ 2,50 para o formato ‘de caixinha’.
Não se víª ainda muita variação para baixo no preço das carnes. Gleison Vaz, gerente em uma granja de suínos em Passos, afirma que o preço do quilo da carne suína é o mesmo (R$ 3,60) há cerca de dois meses. A granja utiliza 150 toneladas de milho por míªs para alimentação dos animais. O gerente esclarece que valor pago no milho pode até ter sido menor, porém em outros pontos da cadeia, o custo de produção do suíno acaba sendo agregado.
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