Setor do leite confrontado com «previsões ainda mais pessimistas»

As quotas leiteiras na União Europeia acabaram há três meses. Três associações de produtores, ouvidas pela TSF, dizem que o setor está a atravessar uma grave crise e que várias explorações poderão ter de fechar.

José Campos Oliveira da Associação de Produtores de Leite e Carne diz que o setor atravessa uma crise que «não tem paralelo desde que o país aderiu à União Europeia». Este dirigente associativo diz que o embargo à Rússia, o fim das quotas e a dimuição do consumo de leite estão a criar uma «situação gravíssima» que originou uma quebra de preços na «ordem dos 25 a 30%».

José Campos Oliveira revela que várias explorações estão a vender abaixo dos custos de produção e «isso não é sustentável por muito tempo. Se esses preços se mantiverem há explorações que vão ter de fechar, não vão aguentar». O Presidente da Associação de Produtores de Leite e Carne admite que o Ministério da Agricultura não tem instrumentos para intervir». Isto tem «de ser decidido ao nível da União Europeia».

Carlos Neves, da Associação de Produtores de Leite de Portugal diz que a situação «ultrapassou as previsões mais pessimistas. Há importações de queijo ao preço da chuva. Há menos consumo e mais produção na Europa».

Para Carlos Neves o setor da distribuição tem um papel chave na resolução desta crise; » se a distribuição não mudar de vida, não passar das palavras aos atos, se não tiver uma atitude para salvar a produção nacional comprando produtos português a um preço que dê para pagar os custos de produção, o setor do leite não tem hipóteses nesta altura».

Nos Açores, segundo Jorge Rita da Federação Agrícola do arquipélago, o preço nos últimos meses baixou cerca de 7 cêntimos por litro. Este dirigente diz que está a acontecer aquilo que já previa há 3 meses e, se nada mudar, «haverá a falência de muitas explorações nos Açores».

TSF- Rádio Noticias

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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