Atraso no pagamento aos produtores, por parte de empresas ou indústrias, falência de empreendimentos, além da decisão de algumas empresas de não recolher leite em pequena quantidade, causam prejuízos aos agricultores.
Hoje pela manhã, 30, o assessor de Política Agrícola da Fetag, Airton Hochscheid, concedeu entrevista na Progresso e ressaltou que o problema persiste desde 2013, porém se acentuou nesse início de ano. Cálculos da entidade indicam que cerca de 10 mil produtores aguardam pagamento pelo leite entregue, o que corresponde a uma dívida estimada em 50 milhões de reais.
Por outro lado, entre 7 e 8 mil agricultores não têm para quem entregar o alimento, visto a falência de empreendimentos ou decisão de empresas de não recolher pequenos volumes, ou seja, até 100 litros diários. Airton Hochscheid ressalta que dos cerca de 120 mil produtores de leite no Rio Grande do Sul, em torno de 80% fazem parte da agricultura familiar, ou seja, pequenos produtores que têm no leite a principal ou única renda.Airton Hochscheid.
Para este ano a Fetag quer trabalhar junto a deputados federais gaúchos a fim de pressionar para mudança na legislação, ou seja, que os agricultores passem a ser prioritários no recebimento de dinheiro em caso de falência de empresas.
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