O frio – dez graus de temperatura ambiente – e o cheiro intenso não deixam dúvidas: aqui produz-se muito queijo. Estamos na fábrica da Queijos Santiago, na Malveira, Mafra, a poucos quilómetros de Lisboa. Aqui trabalha uma centena de pessoas, que produz, em média, 150 mil queijos frescos por dia. Para tanto queijo, é preciso muito leite: só de vaca, são 50 mil litros diários.
O leite é fornecido, maioritariamente, por produtores da região. São cerca de 1500. Desde maio que a Santiago lhes paga, pelo menos, trinta e dois cêntimos por litro. Este preço é válido para os próximos quatro anos e é um valor mínimo. O máximo é de trinta e oito cêntimos.
João Santiago, presidente executivo, diz que é preciso «proteger o principal ingrediente», até porque é de esperar uma significativa falta de leite no mercado, a breve prazo.
O acordo com os fornecedores de leite está em vigor há cinco meses e prolonga-se até 2019. Por agora, produtores e empresa trabalham para «pagar custos», mas João Santiago afirma que a ideia é «garantir o equilíbrio nos próximos anos».
Quando, é cedo para dizer. Mas as obras ali ao lado, mostram que a fábrica vai crescer, e muito, a breve prazo. João Santiago afirma que uma fábrica exige um investimento permanente e cada vez maior.
Na fábrica da Malveira, o dia começa bem cedo. Ainda de madrugada, para que haja queijo bem fresco à mesa do pequeno almoço.
http://www.tsf.pt/economia/interior/proteger_o_leite_para_salvar_o_queijo_4810715.html