#Na Venezuela, Preco de un iogurte equevale a tres tanques de gasolina

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Um litro de gasolina na bomba custa um pouco menos de 0,1 bolí­var [R$ 0,03] e o iogurte, custa 15 bolí­vares [R$ 4,70, no cí¢mbio oficial]

Além de ocupar o vazio polí­tico deixado por Hugo Chávez, o futuro presidente venezuelano, que será escolhido no dia 14 de abril, terá a difí­cil missão enfrentar os problemas da economia do paí­s.

Não que ela esteja em recessão. Pelo contrário: em 2012, o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 5,6%, segundo o Banco Centra local. O Brasil, por exemplo, cresceu apenas 0,9%. Acontece que a população tem sofrido, principalmente, com a falta de alimentos básicos e a inflação alta.

Em fevereiro, o í­ndice de escassez de alimentos medido pelo BC do paí­s atingiu 19,7%. No míªs anterior, ficou em 20,4%, o maior percentual desde 2008. Isso significa que, de cada cem produtos procurados pelos venezuelanos, vinte não estavam nas prateleiras.

«Falta óleo, farinha, arroz, leite e açúcar. í‰ o preço que o paí­s paga por importar tudo e não produzir nada», afirma o taxista equatoriano Luí­s Bombom, 41, que mora em Caracas há 20 anos.

Com uma indústria quase toda focada na exploração do petróleo –o paí­s é um dos maiores produtores mundiais–, a produção interna de alimentos é insuficiente para abastecer o mercado, o que impulsiona as importações.

«Isso aqui [doce de leite] é colombiano. Isso [batata frita] é americano. Esse chocolate é Nestlé, nem preciso dizer que não foi feito aqui. Tudo o que compramos é importado e caro. Olha esse iogurte, custa 15 bolí­vares [R$ 4,70, no cí¢mbio oficial]. Com isso encho o tanque do carro tríªs vezes. Isso te parece normal?», reclama a dona de casa Patrí­cia Lahmann, 55, em um supermercado na região oeste de Caracas.

Um litro de água custa 65 vezes um litro de gasolina

Realmente, a economia venezuelana produz situações surreais para a realidade brasileira. Um litro de gasolina na bomba custa um pouco menos de 0,1 bolí­var [R$ 0,03]. Ou seja, para encher um tanque de 45 litros, um venezuelano gasta 4,5 bolí­vares [R$ 1,40].

Na loja de conveniíªncia desse mesmo posto, uma garrafa de água mineral de 1,5 litro custa 9,79 bolí­vares [R$ 3,05]. Isso significa que um litro de água custa 65 vezes um litro de gasolina.

«O número de estabelecimentos produtivos despencou, as exportações não-petrolí­feras desapareceram e, como consequíªncia, o setor industrial no Produto Interno Bruto diminuiu significativamente. O governo favoreceu as importações em detrimento da produção nacional», criticou em um artigo o economista José Guerra, ligado a partidos de oposição.

A dependíªncia que a economia tem no petróleo só cresceu ao longo do governo Chávez. Em 1999, quando ele assumiu, de cada US$ 100 exportados, US$ 80 vinham da commodity. Em 2011, esse valor era de US$ 95.

Inflação está entre as dez mais altas do mundo

Outro problema que aflige os venezuelanos é a inflação, que está entre as dez mais altas no mundo. Em 2012, o í­ndice medido pelo governo fechou em 20,1%. Só nos dois primeiros meses deste ano, a inflação acumulado é de 5%. Para comparação, em todo o ano passado, o Brasil registrou 5,84% –í­ndice considerado alto por economistas.

Para tentar segurar os preços o governo congelou o valor alguns produtos básicos e mantém o cí¢mbio fixo.
A recente desvalorização do bolí­var, porém, pode prejudicar o controle da inflação. Em fevereiro, o governo aprovou uma desvalorização no cí¢mbio oficial de 32%: US$ 1 passou de 4,30 a 6,30 bolí­vares. No cí¢mbio paralelo, porém, US$ 1 pode ser negociado a 20 bolí­vares.

Como muito alimentos são importados, um dólar mais caro eleva também o preço para os consumidores venezuelanos.

«Com o cí¢mbio fixo –congelado, melhor dizendo—e inflação alta como a da Venezuela, é impossí­vel desenvolver a indústria e a agricultura. Simplesmente, o aumento do custo da produção local, devido í  inflação, elimina a competitividade da economia. Dessa maneira, as importações ficam mais baratas e as importações mais caras», analisa Guerra.

Fonte: UOL Notí­cias

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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