Seca prejudica produção de leite em PE

O Globo Rural visitou uma fazenda em Bodocó que luta para continuar funcionando e produzindo o leite. Hoje são ordenhados, no máximo, 1.400 litros de leite por dia. Bem menos do que há seis anos.
Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
A seca dos últimos seis anos derrubou a produção leiteira no sertão de Pernambuco e atingiu duramente um município que tem no leite a base de sua economia. Com pouco pasto, os animais produzem menos e os criadores gastam mais.

O Globo Rural visitou uma fazenda em Bodocó que luta para continuar funcionando e produzindo o leite. Hoje são ordenhados, no máximo, 1.400 litros de leite por dia. Bem menos do que há seis anos.

“Era uma produção de 2.500 litros de leite/dia. Tinha uma quantidade de funcionários maior, um rebanho melhor e maior. Quando veio a seca a gente não teve mais condição de sustentar a seleção que vinha sendo feita, porque tínhamos que vender sempre os que dava mais dinheiro para sustentar o rebanho”, explica o gerente da fazenda Frediano Siqueira.

Em 2011, a produção chegava a 140 mil litros de leite por dia. Hoje não passa de 60 mil. Bodocó tem quase 38 mil habitantes e a economia gira em torno do leite e seus derivados. O doce feito na cidade é famoso em toda a região. As fábricas passam por dificuldades. “Agora o leite diminuiu, o preço do leite aumentou e a gente tem que aumentar o preço do doce também”, conta o dono da fábrica de doces Luiz Carlos da Silva.

Quem fabrica queijo também sofre. João Belarmino está no ramo há 30 anos. Recentemente fez um investimento e reformou todo o laticínio, mas só tem tido prejuízos. “Nós tivemos seis anos de seca, vendemos o rebanho e ficamos com pouco leite”.

Uma das soluções para alimentar o gado durante a estiagem é a palma. A planta é forte e resistente. A prefeitura está cultivando uma área e vai distribuir cinco mil raquetes de palma para cada produtor rural do município.

“Um hectare de palma plantado você sustenta, no mínimo, 20 vacas durante o ano inteiro. Se você for fazer esse cálculo com o que você gastaria de ração, o valor é exorbitante”, diz a secretária de Agricultura de Bodocó Lusimar Lima.

Mirá También

Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

Te puede interesar

Notas
Relacionadas