#Seca em Sergipe é a maior dos últimos 50 anos

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O perí­odo de estiagem já atinge mais de 24 cidades do interior

A seca que atinge Sergipe já é considerada a mais intensa dos últimos 50 anos e está provocando reflexos na produção agrí­cola e pecuária do estado. O gado, as plantações e o homem sofrem com falta de chuva e a escassez de água nos leitos de alguns rios. De acordo com do diretor do Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil de Sergipe (Depec), Tenente-Coronel José Erivaldo Mendes, as ações emergenciais de combate í  seca, já estão sendo implantadas.

A seca já atinge o interior de Sergipe há mais de 8 meses e castiga a população, que depende da terra para sobreviver. A reportagem do Portal Infonet percorreu o sertão sergipano para ver in loco como está a vida do sertanejo, diante da situação.

Percorremos os municí­pios de Nossa Senhora da Glória, Monte Alegre, Cumbe e Graco Cardoso. Nesses locais é visí­vel a situação calamitosa em que estão vivendo aquelas pessoas. O gado está magro, a maioria dos pastos está seco, e o gado fica impossibilitado de se alimentar. Na tentativa de amenizar o sofrimento dos bichos, os donos de fazendas estão optando por comprar a comida ou alimentá-los com mandacaru. Os poços e barragens tíªm pouca água acumuladas algumas estão secas.

Luiz José «A gente faz o que pode»
Luiz José da Silva possui 24 cabeças de gado. Ele, que mora no povoado Algodoeiro, localizado entre os Municí­pios de Nossa Senhora da Glória e Monte Alegre, conta que a situação está difí­cil porque não há como alimentar o gado, que está cada dia mais fraco por causa da falta de água e de alimento. “Esta seca veio muito forte. Estamos há mais de 8 meses assim e não chove de jeito nenhum. Nós temos que pegar água num açude. Mas estamos fazendo de tudo para que eles não sofram”, contou o homem.

A situação é ainda mais difí­cil para os sertanejos que vivem distante das cidades. Aqueles que lidam diretamente com a terra e depende dela para seu sustento buscam alternativas diferentes para garantir o seu sustento. í‰ o caso da agricultora, Silvaneide Moura, de 52 anos. Ela relata que sua plantação de feijão, apesar de pequena, não suportou o perí­odo da seca e morreu. “A gente faz de tudo um pouco. Nós trabalhamos também com gado, mas por enquanto está dando para garantir o alimento dos bichos. Entretanto tivemos uma redução na produção do leite, que é o nosso forte”, disse Silvaneide.

José Renato «a gente está tendo que comprar o alimento»
No municí­pio de Cumbe, a situação não é diferente para o fazendeiro José Renato. Em sua propriedade, na fazenda Santo Antí´nio, há cerca de 130 cabeças de gado. Mesmo com os pastos secos, os animais continuam vivos, apesar de magros. Contudo, para garantir a sobrevivíªncia dos bichos, o fazendeiro contou que tem que comprar a comida. “Nenhum gado morreu de sede ou de fome até agora, mas a gente está tendo que comprar o alimento ou fazemos a silagem de milho para alimentar o gado”, conta.

Alternativas

Além de problemas na agricultura, o gado magro trás prejuí­zos para o pecuarista. Alguns estão tendo que utilizar a única renda gerada com o leite, para comprar alimento. «Muitos estão gastando o que ganham para não deixar o gado morrer. Nós poderí­amos vender, mas o valor que está sendo oferecido não vale a pena, pois os preços são muito baixo. Mas tem gente que está aceitando qualquer proposta de negócio com o gado magro para não perder os animais”, disse.

Animais são encontrados mortos por falta de comida e água
Ações

Mais de 24 cidades já estão oficialmente em estado de emergíªncia. Na tentativa de combater a situação, o Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistíªncia e do Desenvolvimento Social (Seides) e a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) realizaram na última quarta-feira, 3, na Cí¢mara de Vereadores de Nossa Senhora da Glória, uma reunião com gestores de 37 municí­pios que foram beneficiados com os programas de mecanização agrí­cola, distribuição de sementes e limpeza de pequenas barragens e aguadas.

Por Eliene Andrade
http://www.infonet.com.br/cidade/ler.asp?id=142597

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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