Projeto Campo Futuro vai fazer levantamento de custos de produção de leite em Sergipe

Produtores de leite de todo o Estado de Sergipe conheceram na noite de quinta-feira, 3, o projeto Campo Futuro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que visa melhorar a rentabilidade da pecuária leiteira através de incrementos nos processos administrativos da produção.
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Produtores de leite de todo o Estado de Sergipe conheceram na noite de quinta-feira, 3, o projeto Campo Futuro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que visa melhorar a rentabilidade da pecuária leiteira através de incrementos nos processos administrativos da produção. A apresentação ficou por conta do superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, promovida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Sergipe – SENAR Sergipe. O evento aconteceu na noite de quinta-feira, 03, na Associação de Engenheiros Agrônomos de Sergipe (Aease).

O Superintendente Técnico da CNA explicou para mais de 120 produtores que Sergipe é o 20º Estado a compor o Projeto Campo Futuro para o levantamento de custos de produção de leite. Para que seja realizado, o projeto passa por duas etapas:
1 – SENAR realiza a capacitação dos produtores, onde aprenderão técnicas de melhorias de gestão de propriedade, como mensurar custos, como valorizar os ganhos e aplicá-los.
2 – CNA realiza um painel para levantamento dos custos de produção na região. O painel, em Sergipe, está previsto para o primeiro semestre de 2016.

A capacitação já está disponível para os produtores sergipanos e será ministrada gratuitamente pelo SENAR/Sergipe. “O produtor aprende a calcular o custo da produção, a fazer o planejamento da atividade, a trabalhar com o seguro rural, com o mercado de opções e derivativos, ou seja, é um programa global, composto de módulos, básicos e avançados, voltados para cada atividade específica. No caso, para o produtor de leite, tanto o pequeno como o grande, é essencial o módulo do custo de cálculo de produção, porque o leite é vendido, muitas vezes, com um preço menor que um real e cada centavo de economia é um ganho que o produtor passa a ter na margem de lucro”, exemplificou o Superintendente do CNA.

Já a segunda parte do Campo Futuro é denominada Painel de Custo de Produção. A proposta detalhada por Bruno Lucchi consiste em estabelecer a partir das principais regiões produtoras de leite os sistemas comuns de produção e a propriedade típica, abrangendo desde a genética do rebanho até o perfil de mão de obra empregada. “Com base nestes dados vamos estimar o custo de produção deste sistema, que será monitorado mensalmente, e os produtores, através da federação e dos sindicatos, terão acesso a esses dados atualizados. Essas informações serão úteis no dia a dia do produtor na parte gerencial. Sergipe será o 20º estado do Brasil a compor a nossa base de dados. O que pretendemos é permitir a troca de experiências entre as regiões do país”, disse Bruno Lucchi acrescentando que esses dados servirão também de base para políticas públicas da área.

De acordo com o presidente do Sistema FAESE/SENAR, Ivan Sobral, o produtor rural já demonstrou competência em produzir e produzir bem. Porém, o grande gargalo da atividade é a gestão da sua propriedade. O leite, como tantos outros produtos agropecuários tem o valor fixado pelo mercado. Não adianta reclamar do valor da remuneração, o produtor tem de aprender a fazer conta e gerir os custos da produção. “Nem sempre quem produz a maior quantidade tem mais rentabilidade sobre o que produz menos. Gerir os custos fixos, operacionais, depreciação e ganho sobre o capital investido é o grande trunfo dos produtores mais eficientes. O Sistema FAESE/SENAR pensando do desenvolvimento da atividade e a profissionalização do produtor disponibiliza esta ferramenta, a partir de 2016, de maneira gratuita a todos os interessados”, anunciou.

Para o zootecnista José Leonel Vicente Salustiano, que trabalha com pequenos produtores de leite no município de Poço Verde, a gestão da produção é fundamental para manter uma propriedade com melhorias efetivas. “A parte de gerenciamento é muito importante, porque se tivermos genética e alimentação de qualidade, porém uma má administração, tudo vai por água abaixo. Não se consegue manter uma propriedade, por mais que se tenha outros pontos em dia, sem uma boa gestão não se tem avanço, melhorias reais, não se sabe quanto realmente está se gastando e se ganha de verdade na atividade”, apontou.

Segundo José Leonel, a produção leiteira em Poço Verde evoluiu bastante. A expectativa dele é contribuir ainda mais para este avanço, por isso ele demonstrou total interesse em engajar-se ao projeto Campo Futuro. “Pretendo utilizar os conhecimentos adquiridos nesta palestra no meu trabalho e compareci a esta aqui para saber mais sobre esse projeto”, concluiu.

Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe – FAESE

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