Produzir mais em menos hectares é desafio para pecuária #leiteira em MT

Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

 

Segundo projeto Balde Cheio, taxa de lotação varia de 1,5 a 2 animais/ha.
Produção no país deve crescer de 5% a 6% neste ano.

 

Mato Grosso tem uma produção de 743 milhões de litros de leite por ano, uma média de 2 milhões de litros por dia, o que coloca o estado em 9º lugar no país como produtor de leite, de acordo com dados do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O potencial da produção para o estado e as tendências do setor foram tema do II Encontro Mato-grossense da Cadeia Produtiva do Leite, que ocorreu nesta quinta e sexta-feira (dias 25 e 26) em Cuiabá (MT).

De acordo com o o projeto Balde Cheio, de fomento à produção leiteira, a taxa de lotação no estado varia de 1,5 a 2 animais por hectare, mas com potencial de ser elevada. «É possível, num sistema intensivo, mostrar para esse produtor que faz 100 litros de leite por 10 hectares, que se produza 100 litros de leite em um hectare», explica Aureliano Pinheiro, gestor da cadeia produtiva do leite no Sebrae-MT.

São 37 propriedades em 31 municípios atendidas neste projeto de aprimoramento da produção leiteira. A idealização do trabalho é da Embrapa Pecuária Sudeste, e tem 16 anos de existência. Desde 2010, a metodologia é aplicada em Mato Grosso, por meio do Sebrae em parceria com as prefeituras do estado.

Um dos consultores do Balde Cheio, Fernando Bueno, explica como funciona. “Nós treinamos o técnico em uma propriedade real e, com o tempo, esses conceitos vão sendo entendidos pelos produtores daquela região e o técnico vai aplicando em mais propriedades”.

Uma vez participantes do projeto, os produtores precisam cumprir algumas instruções para continuar sendo assistidos pelos técnicos. A mais importante é a sanidade do rebanho, a vacina contra a brucelose e tuberculose tem que ser feita todo ano. O pecuarista ainda tem o dever de fazer as anotações climáticas, econômicas e dados do rebanho.

“Faço parte do projeto há quatro anos. Sempre segui à risca o combinado e, por isso, hoje produzo 480 litros de leite por dia com 32 vacas da raça Jersey, sendo que antes eram 40 litros”, conta a produtora rural Roseli Sofia da Silva, da cidade de Colíder, na região Norte do estado. A propriedade dela é um modelo para a região e recebe visitação todos os dias de pessoas interessadas em saber como funciona o projeto.

Ela otimizou a área de atuação e, de 25 hectares, ela utiliza hoje apenas 4 hectares para a mesma quantidade de vacas leiteiras. Com a mudança, passou a vender o litro de leite R$ 0,89 ao laticínio, sendo que em 2010 conseguia apenas R$ 0,78.

Com uma maior produção e melhores preços, Roseli conseguiu implantar melhorias em sua propriedade. Hoje são 28 piquetes com uma diversidade de capins, que são irrigados na entressafra. A renda bruta de R$ 8 mil permitiu ainda a compra de ordenhadeira mecânica, triturador, roçadeira e um carro.

A família, formada pelo marido, filho, filha e genro, também ajuda nos trabalhos no campo. “Funciona como uma empresa. Cada um já sabe o que tem que fazer todos os dias e trabalhamos menos, porque está organizado”, conta.

Mercado
A perspectiva de crescimento na produção leiteira tem animado o mercado e provocado reflexos positivos na cadeia. Amauri Antônio Piva, gerente de uma empresa de genética em Cuiabá, conta que a expectativa é de que a demanda faça com que as vendas cresçam mais de 10% no próximo ano, em vista das 40 mil doses de sêmen bovino que comercializa em Mato Grosso por ano.

Das quatro principais bacias leiteiras do estado, nas regiões Sul, Araguaia, Norte e Oeste, a Sul é a que mais tem investido em genética, de acordo com ele. “Quando a conta do leite é positiva, quando a conta fecha, ele sempre investe em novas tecnologias, isso tem acontecido nos últimos três anos”, comenta o gerente.

Brasil
No país a produção que vem crescendo bastante, sendo 8,6% no primeiro semestre no país, deve registrar uma evolução menor neste segundo semestre, de acordo com Valter Bertini Galan, sócio-diretor do MilkPoint Inteligência. “Mas na média do ano deve crescer de 5% a 6% com relação ao ano passado”, diz Galan, que foi um dos palestrantes do evento.

O Encontro em Cuiabá foi realizado pelo Sebrae-MT em parceria com a Embrapa Pecuária Sudeste, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e prefeituras municipais de Mato Grosso.

http://g1.globo.com/mato-grosso/agrodebate/noticia/2014/09/produzir-mais-em-menos-hectares-e-desafio-para-pecuaria-leiteira-em-mt.html

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mirá También

Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

Te puede interesar

Notas
Relacionadas