Produtos de maior valor agregado colaboram para aumento do lucro da Vigor

Reflexo da reestruturação pela qual passou no último ano e meio e da aposta em produtos de maior agregado, a Vigor Alimentos fechou o quarto trimestre de 2014 e todo ano passado com crescimento expressivo em suas receitas e geração de caixa
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No quarto trimestre do ano de 2014, a empresa, controlada pela J&F, teve um lucro líquido consolidado de R$ 39,750 milhões, aumento de 69,9% sobre igual intervalo do ano anterior. O dado considera o resultado de equivalência patrimonial da Itambé, na qual a empresa tem 50% de participação, e da Dan Vigor, que hoje é controlada pela Vigor.

A receita líquida consolidada da empresa de lácteos no período foi de R$ 1,158 bilhão, 16,1% acima do quarto trimestre de 2013. O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) atingiu R$ 102,1 milhões, aumento de 67,9% em relação ao mesmo período um ano antes. Com isso, a margem Ebitda da Vigor no período também avançou e alcançou 8,8%, acima dos 6,1% do quarto trimestre de 2013.

Levando em conta apenas os resultados da controladora no trimestre, a receita líquida foi de R$ 518,7 milhões, 22,1% acima de igual intervalo um ano antes. Já o lucro no período foi de R$ 22,314 milhões, 370,7% mais que um ano antes. O dado também considera o resultado de equivalência patrimonial da Itambé e Dan Vigor. No quarto trimestre, a geração de caixa da controladora somou R$ 59,513 milhões, alta de 117,2%. Com isso, a margem Ebitda alcançou dois dígitos e foi a 11,5%, um avanço de 5 pontos base ante o quarto trimestre de 2013.

Xandó disse que 2014 foi «histórico para a Vigor, com expressivo crescimento de suas operações e evolução de rentabilidade». Segundo ele, a melhora no desempenho decorre da reestruturação das operações, do foco em valor agregado e do reposicionamento de marcas. Além da reestruturação da área de supply chain, foi criada uma divisão de marketing na companhia e duas áreas de negócios: iogurte grego e queijos, o que mostra a importância dos produtos para a Vigor.

Conforme o CEO, a aposta em produtos de maior valor agregado ­ como a linha de iogurte grego ­ foi fundamental para os bons resultados da Vigor. «Quem depende de produtos de margens baixas como o leite longa vida tem dificuldades», acrescentou. Hoje, o leite longa vida responde por 8% do faturamento da companhia.

Em todo o ano de 2014, o lucro líquido consolidado da Vigor somou R$ 120 milhões, 366,8% mais que os R$ 25,7 milhões de 2013. Já a receita líquida alcançou R$ 4,394 bilhões em 2014, alta de 63,2% sobre o ano anterior. É preciso considerar, contudo, que o ano de 2013, com o qual são feitas as comparações, inclui os resultados da Itambé apenas a partir do mês de julho.

Segundo Xandó, com a receita bruta de R$ 5,1 bilhões obtida em 2014 e as 824,5 mil toneladas vendidas, a Vigor tornou­se a maior empresa de lácteos do país no ano passado, à frente de Danone, DPA (parceria entre Fonterra e Nestlé que existia até 2014) e também do que serão as operações totais da francesa Lactalis no Brasil.

Ele destacou que a geração de caixa na Vigor e na Itambé permitiram à companhia reduzir seu endividamento. No ano, o Ebitda consolidado da Vigor somou R$ 354,868 milhões, alta de 158,2% sobre o período anterior. Já a margem Ebitda ficou em 8,1% em 2014, acima dos 5,1% de 2013. Com esse desempenho, a dívida líquida da Vigor caiu de R$ 801,6 milhões no fim do terceiro trimestre de 2014 para R$ 767,3 milhões no fim do quarto trimestre e a alavancagem saiu de 2,6 vezes para 2,2 vezes na mesma comparação.

Segundo Gilberto Xandó, a Vigor tem deixado «gradativamente» de ser um empresa paulistana para ser uma empresa brasileira e os aportes na nova fábrica em Barra do Piraí reforçarão esse movimento. A partir da unidade, a Vigor espera atender os mercados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. A previsão da Vigor é de um Capex de R$ 120 milhões este ano, o que inclui os aportes em Barra do Piraí.

Jornal Valor Econômico.

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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