Produtores pedem limite à importação de leite do Uruguai

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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairro Maggi, admitiu nessa segunda-feira (16) em Minas Gerais que somente uma regulação do mercado poderá resolver o impasse da importação de leite uruguaio. Centenas de produtores de leite foram a Prata, no Triângulo Mineiro, para reivindicar políticas governamentais para fortalecer o segmento, que afirma estar passando pela pior crise, vendendo leite à indústria por menos que o preço de custo.
Diante do manifesto S.O.S Leite, o chefe da pasta admitiu a necessidade de adoção de uma cota de importação do produto platino. “Nosso desejo é ter uma cota com o Uruguai. Entendemos que é preciso estabelecer uma cota mensal com eles, tal qual temos que com a Argentina, que é de 5.000 toneladas por mês. Assim, conseguiremos regular o mercado. Quando o mercado perceber a quantidade de leite disponível, ele irá se autorregulamentar”, afirmou o ministro.
Na última semana, o ministro suspendeu a importação do país platino em virtude de denúncias de que o leite uruguaio seria importado da Argentina e repassado ao Brasil, além do baixo preço praticado no comércio. Nessa segunda-feira (16), ao ser questionado sobre o embargo, ele afirmou que a decisão é apenas temporária, temendo questionamentos de outros países à Organização Mundial do Comércio (OMC). “Não é uma medida definitiva. Até porque não conseguimos segurar isso por muito tempo, já que se eles (Uruguai) recorrerem à OMC ou a qualquer organismo internacional terão direito de vender leite para o Brasil”, completou Maggi.
Blairo prometeu levar ainda nesta semana uma missão ao Uruguai para verificar as denúncias e abrir uma mesa de negociação.
Parceria. Dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) apontam que, neste ano, o Brasil comprou 86% da produção de leite em pó desnatado uruguaio e 72% do integral.

No campo: “balde cheio e bolso vazio”

No mesmo evento, em Prata, o coordenador da Câmara do Leite da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Vicente Nogueira, pediu que o governo intervenha e coloque os representantes uruguaios na mesa de discussão.
“Ninguém deseja proibir as importações do Uruguai. Queremos que eles organizem o mercado, estabelecendo volume e preço para entrar. Não podemos viver em um setor que importa mil toneladas em um mês e 15 mil toneladas no outro. Como está, favorece a indústria a buscar importação direta deles, e perdemos o poder de barganha”, afirmou Vicente.
Segundo o coordenador da Câmara do Leite da OCB, a atual conjuntura é completamente desfavorável ao setor.
“Estamos mobilizados em defesa da sobrevivência. Mostramos ao ministro que vivemos a maior crise do século, uma crise de renda. Estamos vendendo leite a um preço inferior ao custo de produção. E o ministro há de ser sensível para entender nossa posição, até porque estamos preparados para ir a Brasília e levar nosso pleito ao presidente Não adianta ter o balde cheio e o bolso vazio. O produtor não aguenta essa situação”, completa.

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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