Produtores de #leite querem proteção contra concorrência

Os produtores de leite do Ceará querem proteção contra os seus concorrentes externos. Ontem, um grupo de representantes do setor esteve reunido na Secretaria da Fazenda para negociar a criação de barreiras para que o mercado local não continue invadido por marcas de outros estados.
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Os produtores de leite do Ceará querem proteção contra os seus concorrentes externos. Ontem, um grupo de representantes do setor esteve reunido na Secretaria da Fazenda para negociar a criação de barreiras para que o mercado local não continue invadido por marcas de outros estados.

Atualmente, produtores nacionais já pagam R$ 0,30 por litro de leite para entrar no Ceará. Este valor deve ter aumento, mas a Sefaz ficou de fazer um estudo para estabelecer o percentual.

Nesta briga por mercados, existem duas questões: primeiro, o aumento da produção de leite no estado (25%); segundo, o redirecionamento de grandes marcas que buscam mais clientes no Nordeste e invadem os supermercados.

O Ceará possui um segmento de laticínio forte. Estão no estado três das 12 maiores empresas do setor (Cialne, Edson Queiroz e Betânia). Essas empresas, até o momento, não conseguiram estabelecer cláusulas de barreiras aos seus produtos, e agora enfrentam uma concorrência maior.

PIB

AGRICULTURA COM MENOS INFLUÊNCIA DA SECA
Mesmo com três anos de seca, a agricultura ajudou a puxar os resultados da economia do Ceará, que cresceu 5,60% no terceiro trimestre de 2014. Segundo dados calculados pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), o setor agropecuário apresentou o melhor desempenho neste último balanço, com aumento de 51,2 % no acumulando do ano.

Fica a pergunta: a seca não está mais interferindo no setor? O presidente da Federação da Agricultura do Ceará (Faec), Flávio Saboya, diz que não teve acesso aos índices estatísticos do Ipece mas, pelas conversas com os empresários da área, ele tem a seguinte percepção: os produtores estão utilizando melhor a cabeça.

Embora a seca ainda seja um fator determinante para a produção, há um processo de adaptação à realidade. “Muitos passaram a plantar feijão e outras culturas em áreas de baixada e utilizar forragem para alimentar os animais”.

Além desses pontos, há outro fator determinante: as chuvas em 2014 tiveram uma distribuição melhor. Os problemas maiores, segundo ele, ocorreram na falta de armazenagem de água.

SEBRAE

FLÁVIO SABOYA ASSUME CONSELHO
Ainda sobre Flávio Saboya: ele assumirá a presidência do Conselho Deliberativo do Sebrae no dia 1º. de janeiro. Essa será a primeira vez que um representante da agricultura assumirá o cargo, depois que o governador Cid Gomes implantou o sistema de rodízio entre os segmentos representativos da economia cearense. O primeiro a assumir o Conselho foi o empresário Jorge Parente, como representante da indústria; depois, foi seguido pelo empresário João Porto Guimarães (comércio); agora é a vez da agricultura.

Amanhã, o empresário irá a Bahia para conhecer detalhes dos trabalhos do Sebrae naquele estado.

CONJUNTURA

NATAL COM MENOS GASTOS
O comércio tem um grande desafio este ano: convencer o consumidor a gastar valores equivalentes ou superiores aos do Natal de 2013. Com as previsões pessimistas sobre a economia, a tendência é de um consumo mais moderado.

Pesquisa da consultoria Deloitte revela que a proporção de pessoas com pretensão de gastar mais em 2014 diminuiu em relação aos anos anteriores. O estudo indica que, mesmo com o 13º salário, 46% dos entrevistados disseram que pretendem gastar menos e 40% afirmam que o nível de desembolso será o mesmo de 2013.

INDÚSTRIA 1

52 ENCARGOS
O presidente do Conselho de Economia e Tributação da Fiec, Fernando Castelo Branco, ressalta que a indústria possui aproximadamente 52 encargos tributários e ainda há muitos problemas em função das diferenças de alíquotas de ICMS entre os estados. Uma medida benéfica para o segmento, na avaliação de Fernando, seria a unificação do ICMS.

INDÚSTRIA 2

ARROCHO EM 2015
Na visão de Fernando Castelo Branco, apesar da aproximação do segmento industrial com o governo, a previsão é de arrocho para 2015. O executivo ressalta que o ministro Joaquim Levy (conhecido como “mãos de tesoura”) terá que colocar a casa em ordem, e isso deve repercutir na receita dos estados e da economia em geral.

Um sintoma dessa nova postura é esperado para o início de 2015, com o fim dos incentivos para a venda de carros. Caso essa posição se consolide, o natural será a redução do volume de vendas e um consequente aumento de demissões no setor.

http://www.opovo.com.br/app/colunas/opovoeconomia/2014/12/09/notopovoeconomia,3360167/produtores-de-leite-querem-protecao-contra-concorrencia.shtml

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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