Eles têm prejuízos diariamente, porque é necessário atingir produção mínima de 300 litros ao dia para garantir a viabilidade do negócio.
Os números refletem no crescimento do setor no Estado e os produtores sul-mato-grossenses perdem cada vez mais em margem de lucro, além de sofrer com a falta de investimentos. Com isso, MS ocupa a 13ª posição no ranking nacional e segue na contramão do desenvolvimento do setor no país, na avaliação do diretor do Sindicato Rural de Campo Grande, Wilson Igi.
Em dez anos, o volume produzido no Estado subiu apenas 28,1%, enquanto em Goiás a alta foi de 230,8% e em Mato Grosso o aumento chega a 191%, entre 1990 e 2000, segundo a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul).
O assunto preocupa entidades do segmento e será discutido em evento na semana que vem, em Campo Grande. Segundo o diretor secretário da Famasul, Ruy Fachini, a ideia é dar suporte técnico para que o produtor rural possa gerenciar melhor sua produção e aumentar o preço. «Para se ter uma ideia de como é necessário melhorar este panorama, estamos muito abaixo do cenário nacional, onde o volume produzido é 1,381 mil quilos por vaca por ano», comenta.
A 18ª edição do Encontro Técnico do Leite será na próxima terça-feira (2), no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, a partir das 8h. O evento terá palestras sobre estruturação do rebanho, aplicação de tecnologia e estratégias competitivas.
O evento é promovido pela Famasul em parceria com o Sindicato Rural de Campo Grande e a Sepaf (Secretaria de Produção e Agricultura Familiar). “Nesta edição, apresentaremos alternativas com baixo custo ou custo zero», prometeu Wilson Igi. Clique aqui para conferir a programação do encontro.
http://www.campograndenews.com.br/rural/producao-de-leite-nao-passa-de-100-litros/dia-em-60-das-propriedades