Recuperação no preço dos lácteos «não é suficiente» para reavivar a produção na Nova Zelândia

A recuperação nos preços dos lácteos, que aumentaram 50% desde junho, ainda se mostraram insuficientes para aumentar a produção na Nova Zelândia com relação à sua maior queda em pelo menos meio século.
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A recuperação nos preços dos lácteos, que aumentaram 50% desde junho, ainda se mostraram insuficientes para aumentar a produção na Nova Zelândia com relação à sua maior queda em pelo menos meio século.

O escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Wellington, em sua primeira estimativa para a produção de leite na Nova Zelândia no próximo ano, previu um volume de 21,17 milhões de toneladas – um declínio de 0,6% com relação à estimativa para 2016. Isso também marcaria um terceiro ano sucessivo de declínio na produção – pela primeira vez registrada desde os anos sessenta.

A previsão vem apesar de uma forte recuperação nos valores dos lácteos nesse ano, em parte em resposta ao declínio na produção de importantes exportadores, como Nova Zelândia e União Europeia (UE). Os preços no leilão da Fonterra, GlobalDairyTrade, recuperaram-se na segunda metade de 2016, alcançando o maior valor em dois anos.

“A indústria de lácteos está esperando que tenha visto o ponto mais baixo desse ciclo de preços dos lácteos durante o trimestre de abril a junho. Também, que o aumento nos mercados de lácteos desde junho é sinal de uma tendência mais sustentada de preços maiores do que os maiores preços em outubro de 2015. Há uma luz no fim do túnel”.

Os maiores valores das commodities foram repassados através de maiores preços oferecidos pelos processadores, com a Fonterra aumentando sua estimativa de preço do leite três vezes durante os últimos cinco meses, em um total de NZ$ 1,75 (US$ 1,24) por quilo de sólidos do leite – equivalente a NZ$ 0,14 (US$ 0,09) por quilo de leite -, para NZ$ 6 (US$ 4,27) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,50 (US$ 0,35) por quilo de leite].

“Isso pressionará mais fazendas para lucros pequenos ou para uma situação de equilíbrio [sem ganhos ou perdas]”. A rival da Fonterra, Synlait Milk, também aumentou sua previsão de preços pagos pelo leite aos produtores em 2016-17, para NZ$ 6 (US$ 4,27) por quilo de sólidos do leite. No entanto, esses aumentos “provavelmente não serão suficientes para estimular um aumento na oferta” no próximo ano, graças à extensão das dívidas que os produtores contraíram durante o período de queda de preços.

As fazendas leiteiras da Nova Zelândia perderam em média NZ$ 1,31 (US$ 0,93) por quilo de sólidos do leite no ano até maio, o pior resultado em 13 anos, e um fator que provavelmente dissuadirá os produtores a aumentar a produção novamente agora. “A maioria dos produtores passaram por um a dois anos de perdas financeiras – principalmente financiado pelas maiores dívidas dos bancos. À medida que a rentabilidade retorna, o apagamento de parte dessas dívidas se tornará prioridade com relação a investimentos para aumentar a produção”.

Ainda, em longo prazo, a produção de leite se recuperará, aumentando em 1-2% ao ano, de 2018 a 2022, ajudada por aumentos na produtividade. No entanto, “é provável levar dois a três anos antes da produção de leite voltar aos níveis de 2014”.

As exportações de lácteos, ao mesmo tempo, deverão cair 1,3% em 2017, incluindo 0,8% de queda nos envios de leite em pó integral, para uma queda de 1,31 milhão de toneladas, a menor em quatro anos. De fato, para o crescimento, estão sendo buscados produtos de maior valor, com um afastamento dos itens que são commodities.

“A cara do setor leiteiro da Nova Zelândia está mudando, de uma indústria baseada em commodities para um produtor de uma ampla gama de produtos ao consumidor, ingredientes de food service e commodities tradicionais”.

O leite e o creme UHT, além das fórmulas infantis, que atualmente representam cerca de 11% dos volumes de exportação, “poderão compreender quase 30% do total em cinco anos” se a atual tendência continuar.

 

http://www.milkpoint.com.br/cadeia-do-leite/giro-lacteo/recuperacao-no-preco-dos-lacteos-nao-e-suficiente-para-reavivar-a-producao-na-nova-zelandia-103218n.aspx

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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