Os preços pagos ao produtor de leite em Mato Grosso, em 2015, até agora, estão abaixo dos valores praticados nos anos anteriores, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Este ano, o pecuarista recebeu cerca de R$ 0,79 por litro do produto no mês de maio. Em idêntico período de 2014, por exemplo, a remuneração chegava a R$ 0,83 – registrando queda de 5,23%.
Em algumas regiões do Estado, o declínio dos preços é ainda maior, como no Noroeste mato-grossense, onde o leiteiro está recebendo R$ 0,67 por litro (valor 10,38% menor que em 2014) e no Oeste, onde paga-se R$ 0,76 (12,71% abaixo do que os R$ 0,87 registrados há um ano). Já no Nordeste de MT, a queda anual é de 6,47%, mas o mercado naquela região reagiu no último mês de maio, subindo 11% em relação a abril e fechando a média em R$ 0,82.
Conforme o Instituto, ao mesmo tempo em que a remuneração do pecuarista está abaixo da normalidade, o custeio permanece em patamares relativamente altos, e os valores da arroba do boi estão atraentes. Isso pode dificultar a atividade. “Diante de preços atrativos da arroba, muitos produtores, especialmente de pequena escala, têm optado por desmamar bezerros mais pesados ou então abater vacas, o que pode ter impactos negativos na produção futura de leite”, diz o boletim divulgado neste mês de julho.
Um alento ao produtor de leite é a já esperada entressafra, devido ao período de “seca” em Mato Grosso. Com menos pasto verde e produção menor de leite, os preços sobem. Tanto que maio foi um mês de alta do preço médio do leite pago ao produtor. “O cenário altista já era esperado e reflete o período de entressafra nas regiões do Estado. Para junho, a expectativa dos representantes de laticínios e cooperativas é de continuidade do aumento nos preços”, analisa o Imea.
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