# Portalacteo Leite: importação derruba preços internos e prejudica produtor de SC

Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

A importação maciça e predatória de leite do Uruguai continua prejudicando os criadores catarinenses. Reunido em Chapecó no fim de semana, o Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado de Santa Catarina aprovou os preços de referíªncia da matéria-prima leite do míªs de maio e a projeção para junho de 2012.

Os valores divulgados compreendem os preços de referíªncia para o leite-padrão, bem como o maior e menor valor de referíªncia, de acordo com os parí¢metros de ágio e deságio em relação ao leite-padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite/SC.

Os valores se mantiveram estáveis com redução média de 1 centavo: o valor para o leite posto na propriedade com Funrural incluso baixou de R$ 0,6617 para R$ 0,6515/litro. O leite acima do padrão ficou em R$ 0,7492 e o abaixo R$ 0,5923.

O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) e também do Conseleite, Nelton Rogério de Souza, manifestou preocupação com o aumento das importações de leite em pó do Uruguai. De 2008 para cá, a média de importação do produto uruguaio cresceu mais de 900%.

Em 2008, a média de importação do leite em pó uruguaio era de 375 toneladas mensais. Nos primeiros quatro meses deste ano, o Brasil importou um volume médio de 3,8 mil toneladas/míªs do paí­s vizinho. Essa quantidade, acrescida das importações chilenas e argentinas do mesmo produto, chega a um volume médio de 8,5 mil toneladas por míªs.

O impacto dessas importações para a cadeia produtiva em Santa Catarina e no Brasil já reflete na redução do í­ndice de captação de leite nos últimos 17 meses. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), de janeiro a março deste ano, o í­ndice de captação não cresceu pela primeira vez desde a sua criação. No míªs de março, o í­ndice registrou queda de 4% em relação a fevereiro.

Outro problema que agrava a situação da cadeia produtiva do leite são as assimetrias existentes entre os paí­ses do Mercosul, como o cí¢mbio, custos de produção e até o clima. Para se ter uma ideia do quanto esses fatores impactam no mercado, a indústria brasileira vende o quilo do queijo mussarela pelo preço de R$ 10,30 no atacado, enquanto que o produto argentino chega ao mercado varejista nacional a R$ 7,50 o quilo. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o preço médio de importação do leite em pó, em março deste ano, foi 25% menor que o preço do produto nacional.

Para mitigar os efeitos da importação predatória de leite em pó na cadeia produtiva brasileira, Souza recomenda medidas emergenciais que precisam ser adotadas pelo governo brasileiro, entre elas, um acordo de cotas com o Uruguai e a manutenção do pacto com a Argentina, com a inclusão do item queijo na negociação.

Com o objetivo de aumentar a competitividade do produto brasileiro, a FAESC apoia iniciativa da CNA para a isenção de impostos (PIS/COFINS) que incidem sobre a ração animal e o sal mineral, cuja alí­quota é de 9,25%.
Fonte: Agrolink com informações de assessoria

http://www.milkworld.com.br/noticias/post/leite-importacao-derruba-precos-internos-e-prejudica-produtor-de-sc

Mirá También

Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

Te puede interesar

Notas
Relacionadas