#PL: Uruguai tem leite de alta qualidade e exporta para mais de 50 paí­ses

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Paí­s vizinho exporta de cinco a seis vezes mais leite do que o Brasil. Baixo custo de produção faz o paí­s aumentar a competitividade.

Apesar de ser um dos maiores produtores do mundo, o Brasil ainda não consegue com o leite o mesmo desempenho da soja, do milho e da carne no mercado externo. Os uruguaios não chegam a ter 1% dos nossos produtores. No entanto, o paí­s vizinho exporta de cinco a seis vezes mais leite do que o Brasil.

No departamento (estado) de Florida fica a Conaprole, a maior cooperativa de leite do Uruguai, que abrange o paí­s inteiro. O Uruguai tem um Instituto Nacional do Leite, quase no ní­vel de ministério. Seu presidente, Manuel Carrero, diz por que seu paí­s é bom no leite. “Do leite produzido no Uruguai se exporta mais de 60% do leite. Exportamos bastante por um conjunto de fatores. Um deles é a competitividade que nosso tem leite graças aos baixos custos de produção”, explica.

Uma fazenda, na cidade de Santa Lúcia, possui 400 vacas em lactação. O trato é forte no cocho, com silagem de milho e ração, mas o sistema é leite a pasto porque o ano todo a vacada tem o que pastar.

A pastagem no Uruguai é formada de leguminosas, gramí­neas e vegetais de alto teor nutritivo e algumas delas ocorrem igualmente nos pastos do Sul do Brasil. São tríªs ordenhas, í s 3h, í s 9h e í s 15h. As condições sanitárias são obedecidas, mesmo porque, a qualquer vacilo, vem a penalidade. Se, por exemplo, o produtor mandar para a cooperativa o leite de uma vaca que tomou algum medicamento, da primeira vez a cooperativa desconta o dia e mais 5% de todo o míªs.

A fazenda cria tanto as fíªmeas como os bezerros machos, que são vendidos para confinamento de engorda. Os objetivos são basicamente tríªs; conforto animal, qualidade do leite e higiene absoluta.

Para não desviar a atenção do produtor para o nascimento de bezerros, criou-se o campo de recria, que é mantido por pequenos criadores. A pessoa traz a sua bezerra e a entrega para especialistas criá-la  até a fase adulta ou a pessoa traz duas bezerrinhas desmamadas e pega na hora uma novilha na hora de parir. Conforme a época do ano, chega a ter 3,8 mil entre bezerras e novilhas.

O coordenador técnico do campo e agrí´nomo, Andres Barreira, diz que a inseminação é feita com touros de primeira linha uruguaios, americanos e canadenses. “Mensalmente, são R$ 45. Em todo perí­odo, incluindo inseminação, sanidade e alimentação, uns R$ 1 mil. Em dólares, vale em torno de US$ 1,2 mil e US$ 1,5 mil.

A industrialização é um ponto crí­tico e exige cuidado especial porque mais da metade do leite uruguaio se destina í  exportação. Em cada etapa, a mesma preocupação com as regras sanitárias. O derivado que mais se exporta é o leite em pó, mas o laticí­nio também produz manteiga, queijo, iogurte e bebidas lácteas.

Em Nova Helvécia, uma pequena cidade no sudoeste do paí­s, relembra o iní­cio da tradição uruguaia de fazer queijos de qualidade. A antiga colí´nia suí­ça lembra o paí­s da Europa. Uma queijaria de 1868, que ainda guarda peças do tempo dos suí­ços, está se transformando num museu do queijo artesanal uruguaio.

Nas questões de higiene e sanidade, o leite no Uruguai é operado sob critérios rí­gidos e muito fiscalizados. Isso gerou no paí­s uma cultura da qualidade do leite, que se reflete no fato de que hoje, mais de 50 paí­ses compram produtos derivados do leite uruguaio.

O professor Sérgio Borbonet escreveu esse livro ‘A história da queijaria no Uruguai’, que aponta o começo dessa cultura. “A queijaria no Uruguai nasce com a chegada dos colonos estrangeiros. Se levanta uma pedra e sai um queijo”, conta o professor.

O destaque da região é o queijo colí´nia. Para prepará-lo, o leite é tirado na hora, das 80 vacas em lactação. O colí´nia é um queijo que tem olhos, buracos no corpo do queijo. Diferente dos queijos cegos, como o parmesão, por exemplo, que não tem buracos ou olhaduras. As regras para indústria são diferentes das do queijo artesanal  e por isso ele não pode ser exportado. A produção é de 180 quilos de colí´nia todo dia.

 

Fonte: G1

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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