#Perfil da cadeia láctea em Goiás

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A cadeia láctea no Estado de Goiás vem crescendo a cada ano. Seus quatro elos principais – produtores, transportadores, indústrias e comércio varejista – atuam de forma harmí´nica com um só objetivo: se situarem em breve, entre os mais modernos do Paí­s nesse seguimento.

O grande salto desta cadeia começou em 1996 quando os produtores, indústrias e governo começaram a trabalhar intensamente, melhorando o rebanho leiteiro e nosso parque industrial, hoje considerado um dos mais modernos do mundo em termos de tecnologia. Nosso parque tem hoje uma capacidade para processar cerca de 16 milhões de litros de leite/dia. Daí­ a chance do setor primário crescer ainda mais na produção de leite pois há uma defasagem entre o volume de produção, – hoje 8 milhões de litros/dia,- e a capacidade do parque industrial.

Voltando ao ano de 1996, Goiás era o sexto maior produtor nacional. Em 5 anos subiu para segundo e hoje está tentando melhorar sua posição no hanking nacional pois no momento está em quarto lugar. Goiás perdeu posições não porque produziu menos e sim porque Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná cresceram mais.

A cadeia láctea goiana é a maior empregadora hoje no Estado com 220 mil empregos diretos e indiretos. São 60 mil produtores rurais, fixados em todos os 246 municí­pios goianos. São cerca de 300 empresas de laticí­nios sendo algumas multinacionais, outras nacionais e as genuinamente goianas.

Filiadas ao Sindileite são 36 indústrias que consomem 85% de toda a produção do Estado.

Toda a cadeia láctea hoje responde por cerca de  11% do   PIB – Produto Interno Bruto goiano. As principais bacias leiteiras se localizam nas regiões de Piracanjuba, Morrinhos, Estrada de Ferro,  Sul e Sudoeste do Estado. Recentemente foi implantado o chamado APL – Arranjo Produtivo de Leite com sede em São Luí­s de Montes Belos envolvendo 27 municí­pios. Esse APL não visa só a produção ele tem um complexo escolar para treinamento de técnicos e produtores em vários seguimentos inclusive o industrial.

Apesar de se situar geograficamente longe dos grandes centros consumidores do Paí­s, a cadeia láctea goiana é altamente competitiva seja na logí­stica, na qualidade ou na eficiíªncia de sua produção, inclusive competindo com Estados que são beneficiados com zero por cento de ICMS e com incentivos para adquirirem equipamentos industriais e frotas de veí­culos.

Os Estados com ICMS zero, em princí­pio tíªm maior poder de competição e Goiás, embora recolha 5% desse tributo, está no páreo em busca de novos mercados tendo como item favorável, a busca da eficiíªncia de gestão em toda a cadeia vendendo o seu excedente no Brasil e no exterior.

A PRíTICA DE PARCERIAS

Um dos fatores que tíªm impulsionado muito a cadeia láctea em Goiás é a parceria entre governo, indústria e produtores. O governo tem facilitado o trabalho das indústrias e várias delas estão investindo hoje em campanhas de incentivo ao consumo de leite e derivados.

Em Goiás uma grande campanha foi lançada em fevereiro de 2006 e em apenas 8 meses, aumentou em 17% o consumo. Neste mesmo perí­odo, reduziu também em 42% o consumo de leite sem inspeção sanitária (não pasteurizado) produto este que oferece altos riscos í  saúde humana.

Esta redução de consumo de produto não inspecionado, significa maior volume de leite colocado í  disposição do consumidor com mais qualidade, reduzindo gastos do governo em saúde pública. Já o aumento no consumo de leite inspecionado, reflete também no maior volume de arrecadação para o Estado.

ASSISTíŠNCIA Tí‰CNICA

Um item que vem sendo olhado com grande interesse é o projeto que visa levar assistíªncia técnica ao campo. Esta iniciativa que já começou a gerar frutos, pois muitas indústrias já contrataram técnicos especializados, vai oferecer condições para que o produtor rural tenha eficiíªncia, baixos custos e qualidade. Enfim, que ele saiba realmente gerenciar o seu empreendimento.

Este projeto encabeçado pelo Sindileite envolve indústrias de laticí­nios, órgãos governamentais, universidades, entidades de classe, empresas privadas e outros seguimentos que já começaram a executar um grande plano de ação no Estado no sentido de levarem ao produtor, assistíªncia técnica eficaz e permanente.

Grande parte dos produtores goianos hoje já produz leite com eficiíªncia e melhor qualidade. Mas, é preciso aumentar este leque e a assistíªncia técnica será uma das ferramentas. Isto porque no momento, o Estado produz 8 milhões de litros de leite/dia. Deste total, 85% são produzidos por apenas 25% dos produtores. Os outros 75% são responsáveis por apenas 25% do restante da produção. í‰ preciso dar condições para que esta maioria absoluta de produtores tenha condição de aumentar sua lucratividade pois o leite é um dos fatores de fixação do ano í  terra evitando o íªxodo rural.

Aliado a esse projeto de assistíªncia técnica, o Sindileite já executa também outra iniciativa que é a compra de tourinhos da raça holandesa que são repassados posteriormente aos produtores através de financiamentos seja através das indústrias, seja através do Fomentar, instituição do governo goiano com linhas de créditos para micros e pequenas empresas além de produtores rurais. Os juros para a quitação dessas compras de tourinhos são de l.5% ao ano e que vão baixando até l.2% com as amortizações. Para essas transações comerciais, as indústrias de laticí­nios são as fiadoras dos produtores que quitam suas dí­vidas com cotas de leite em até 36 meses de prazo.

Este ano já foram adquiridos cerca de 244 tourinhos. Outros 250 deverão ser adquiridos até o final do ano e, depois de um perí­odo de adaptação principalmente pré-imunização contra doenças transmitidas por carrapatos, serão repassados aos produtores. Os tourinhos são adquiridos em estados onde há rí­gido controle leiteiro. Os animais são filhos de vacas que produzem no mí­nimo 9 mil quilos de leite/ano. Há tourinhos cujas mães produziram até 16 mil quilos/ano. O objetivo é recuperar o setor de forma segura.

GOIíS NO CONTEXTO NACIONAL

O Estado de Goiás que produz hoje quase tríªs bilhões de litros de leite/ano consome apenas 20% deste total. O restante é exportado para outros Estados e alguns paí­ses em forma de leite em pó, leite longa vida ou produtos sólidos como queijos, manteiga e iogurtes. As indústrias tíªm trabalhado de forma incansável motivando os demais elos da cadeia láctea no sentido de que a produção a qualidade e o consumo interno aumentem a cada ano.

Goiás hoje virou referíªncia nacional pelo trabalho que vem realizando para fortalecer sua cadeia láctea. O aumento do consumo e as exportações, devem ser olhadas com total interesse pois a produção de leite no Brasil cresce anualmente de forma acentuada ao passo que o consumo, não atinge os mesmos ní­veis segundo a  Embrapa Gado de Leite, de Juiz de Fora – MG.

Caso o setor caminhe com esse desní­vel, em breve teremos um grande excedente de leite no Paí­s que poderá prejudicar toda a cadeia. A saí­da é uma só: aumentar o consumo interno e buscar novos mercados, com alto poder de competitividade.

http://www.dm.com.br/texto/138632

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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