#Pequenos produtores de Mato Grosso pedem menos burocracia

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Acontece nesta manhã (10), desde í s 8h, na Assembleia Legislativa, a reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária com a finalidade de discutir formas de diminuir a burocracia para pequenos produtores rurais em Mato Grosso. Uma delas é implantar o Sistema de Inspeção Municipal (SIM) de produtos em todos os municí­pios.

Atualmente, os pequenos produtores agroindustriais só podem comercializar seus produtos no seu próprio municí­pio e com a permissão do SIM; por isso, produtores cujos municí­pios não tíªm o SIM ficam impedidos de vender para outras cidades e estados – e fica a depender do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), que tem pouca agilidade e faz muitas exigíªncias.

A reunião foi solicitada pelo presidente da Frente, deputado estadual Zeca Viana (PDT), que verificou que, caso o produtor queria vender para outros municí­pios, precisa investir, só em licenciamentos e papéis, í s vezes mais do que o valor da própria produção, o que inviabiliza o negócio.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Assistíªncia Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Pública de Mato Grosso (Sinterp-MT), as exigíªncias são muitas e os produtores não tíªm o capital suficiente para investir; para ele o ideal seria que cada municí­pio tenha um SIM, o que facilitaria a inspeção e fiscalização.

â€œí‰ justo ter um produto de qualidade, mas os produtores estão sem condições para se adequar í s exigíªncias solicitadas”, disse o presidente. Para ele, as atuais exigíªncias não contribuem para o aumento da produção agroindustrial e comprometem as futuras gerações no campo. “As agroindústrias ajudam a ‘segurar’ os jovens no campo, já que hoje a maioria da população que mora no campo já tem mais de 55 anos – e a falta delas afastaria os jovens e comprometeriam a produção rural familiar”, alertou.

O produtor de queijos e doces, Mafaldo Silva, de Santo Antí´nio do Leverger, disse que, com uma inspeção municipal e desburocratizada, poderia vender seus produtos por atacado, além de ter a possibilidade de dobrar a produção. “Já trabalham comigo meu pai, mãe, esposa e tenho um empregado, mas poderia dobrar minha produção e contratar mais funcionários”, afirmou o produtor.

Já o produtor de derivados de leite Carlos Magarino, também de Santo Antí´nio do Leverger, disse que sofre por não ter uma inspeção nos municí­pios, e que o problema se agrava porque várias famí­lias da região ainda não possuem as terras documentadas e assim não conseguem financiamento na linha destinada ao campo do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), que exige a terra como garantia.

“Já tento há tríªs anos conseguir a licença, mas ainda não consegui, devido í s exigíªncias” relatou. Atualmente, Magarino recebe dois mil litros de leite por dia e, com o SIM, acredita que conseguiria dobrar essa quantidade e duplicar o número de funcionários, que hoje são cinco. “Acredito que o investimento necessário para montar uma fabrica de queijo que receba quatro mil litros de leite por dia seja de R$ 200 mil. í‰ um valor alto, mas com o SIM as exigíªncias seriam menores e simplificaria muito”, disse o produtor.

Em Campo Verde, onde o Sistema de Inspeção Municipal já funciona, o produtor Laudir Alberto Duranti conseguiu em pouco tempo aumentar a produção em 30%. Segundo ele, houve um grande movimento entre os produtores do campo, que pediram í  prefeitura para que implantasse o SIM no municí­pio, segundo ele só melhorou com a implantação. “O SIM hoje olha o produtor como um todo; atualmente estamos em um curso de qualificação profissional fornecido pelo municí­pio, que deve durar até o final do ano” disse.

Autor: THIAGO ANDRADE/Assessoria de Gabinete
Fonte: O NORTíƒO

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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