O setor paranaense do leite, que movimenta R$ 3,2 bilhões anuais, está presente em todo o Estado e gera renda para cerca de 100 mil produtores, quer melhorar ainda mais desempenho e chegar aos primeiros lugares no ranking nacional de produção de leite de qualidade. Os gargalos do setor e as propostas para alavancar essa meta foram discutidas na reunião da cadeia produtiva do leite, realizada nesta terça-feira (4), na Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.
No encontro, coordenado pelo secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, com a participação de representantes de diversas entidades que formam a cadeia produtiva, foram apresentadas as propostas na área de assistíªncia técnica, valorização da qualidade do leite, defesa agropecuária e industrialização de produtos lácteos.
O programa começou a ser dimensionado para todo o Estado, diante da importí¢ncia que a produção de leite vem conquistando. “Vamos eliminar alguns gargalos para atingir o enorme potencial de crescimento da atividade leiteira no Estadoâ€, afirmou o secretário Ortigara.
A meta é fortalecer a pecuária leiteira no Paraná e contribuir com o esforço para mudar a condição do Brasil de importador para exportador de leite, mas com um produto de qualidade, conforme a exigíªncia do mercado externo. “Temos uma clara visão de que a produção de lácteos com qualidade e sanidade proporcionam mais renda aos produtores e indústriasâ€, disse o secretário.
MEDIDAS – A Emater irá intensificar a assistíªncia técnica com foco nos resultados, visando a melhoria da produção e da rentabilidade, a garantia de um mínimo de escala na entrega do leite por parte do produtor, mesmo que seja pequeno. Atualmente 55% dos produtores entregam até 50 litros de leite por dia, volume que deve ser melhorado acredita o extensionista Hernani Alves da Silva, que apresentou o diagnóstico da assistíªncia técnica.
A representante do Sebrae, Andrea Claudino, propí´s a realização de um diagnóstico acompanhado de um plano de ações práticas para as indústrias. Foi apresentado um plano de implementação das boas práticas de industrialização do leite como: produzir alimentos com segurança e qualidade; monitorar o índice de evolução da qualidade; redução do desperdício e dos custos de produção; promover a cultura da qualidade e implantação de rotinas e sistemas de autocontroles.
Como proposta do Sindileite, também foi amplamente discutida a necessidade dos laticínios providenciarem um cadastro de seus fornecedores, no caso os produtores de leite.
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