#Ministério Público identifica novo caso de adulteração do leite no RS

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Transportador usava produtos químicos para estabilizar leite vencido. Operação cumpriu 5 mandados em Três de Maio e em Nova Candelária.

 

O Ministério Público identificou um novo caso de adulteração do leite no Rio Grande do Sul. Um transportador com sede no município de Três de Maio, no Noroeste, adicionava produtos químicos para recuperar o leite que estava vencendo. Se o produto passasse da validade, ele adicionava água oxigenada para estabilizar a carga e entregar na indústria. Se identificava acidez elevada, o produto adicionado era a soda caustica.

 

Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Três de Maio e Nova Candelária. Foram apreendidos também documentos e notas fiscais. Ninguém foi preso. O grupo, que era liderado por um empresário de 31 anos, comprava leite prestes a vencer por preço até 50% inferior ao do mercado e, após a manipulação com água oxigenada, repassava para a indústria. O produto elimina as vitaminas A e E e, em altas concentrações, prejudica a flora intestinal.

 

O promotor Mauro Rochemback disse que a empresa LBR, que representa a marca Bom Gosto no Rio Grande do Sul, identificou o problema ao receber o produto e acionou o Ministério Público. A partir daí, a investigação em cima deste transportador se iniciou.

 

«Não temos como afirmar que este produto tenha chegado até a população. A indústria está mais criteriosa com a fiscalização dos produtos. Identificou a mistura, não recebeu a carga e nos avisou», disse ao G1 o promotor.

 

Segundo o Ministério Público, três relatórios de um laboratório credenciado pelo Ministério da Agricultura apontaram presença de água oxigenada, o que é proibido pelas normas da Anvisa. De acordo com os laudos de carga de leite da Laticínios Bom Gosto, duas delas, transportadas pelo Transportes Reidel & Dias Ltda, foram rejeitadas em 12 e 15 de outubro devido à presença de peróxido de hidrogênio.

 

A Comércio de Laticínios Mallmann Ltda rejeitou uma carga em 14 de outubro. No laudo, a empresa afirma: “lembramos que análise positiva para peróxido de hidrogênio é fraude. Por meio da adição de peróxido de hidrogênio (Água Oxigenada), uma ação fraudulenta ao leite, busca conservar suas propriedades físico-químicas, inibindo o desenvolvimento de microrganismos contaminantes. Esse tipo de fraude mascara deficiências da higiene nas etapas de ordenha, acondicionamento e transporte”.

 

Conforme o promotor, o leite que era rejeitado pela indústria era repassado para queijarias. Três queijarias já receberam ação do Ministério Público e da Secretaria da Saúde nos últimos dias. Duas foram totalmente interditadas, em Imigrantes do Sul e Ipiranga do Sul, respectivamente. Outro estabelecimento, em Santiago, ainda não sofreu ação de interdição.

 

Mauro Rochemback disse que foram encontrados no depósito onde o transportador fazia a adulteração do leite diversos produtos químicos, como sal de cozinha, soda cáustica e outro que servia para testar a acidez do leite. Também foram apreendidos três caminhões e três resfriadores, equipamento que só é permitido para produtores de leite e indústria, não por transportadores. Segundo o promotor, a Justiça entendeu que apenas recolhendo os produtos acabaria com a ação criminosa, não precisando tirar a liberdade de ninguém, pelo menos por enquanto.

 

Devem ser denunciados por associação criminosa e lavagem de dinheiro o empresário, de 31 anos, a esposa dele, de 32 anos, que sabia da atividade e adquiria produtos com o dinheiro do crime, e dois sobrinhos, que eram os motoristas. Também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na cidade de Nova Candelária, onde morava um dos motoristas.

 

«Recebemos este novo caso de adulteração com espanto. É inadmissível que isso ainda esteja acontecendo depois de tudo que foi identificado nas outras operações. Ainda há transportador adulterando o leite. Isso é a prova da ganância em detrimento à população», disse o promotor.

 

http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/campo-e-lavoura/noticia/2013/11/ministerio-publico-identifica-novo-caso-de-adulteracao-do-leite-no-rs.html

 

 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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