Leite: sistema aumenta a produção no RJ

Producao RJ - Mesmo em um cenário de redução de demanda, o Rio de Janeiro, segundo maior mercado consumidor do país, tem produzido menos leite do que consome.
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Mesmo em um cenário de redução de demanda, o Rio de Janeiro, segundo maior mercado consumidor do país, tem produzido menos leite do que consome. Como resultado, o Estado teve que recorrer às compras do produto para garantir o abastecimento.
Diante da necessidade de suprir o mercado interno, produtores de leite do município de Barra Mansa, localizado no sul do Estado fluminense, com o apoio do Sindicato Rural local, resolveram investir em um método que, além de aumentar a produção do produto, oferece melhor qualidade de vida aos animais, além de benefícios ao meio ambiente.
“Trata-se do Compost Barn, que consiste em um grande espaço físico coberto para descanso das vacas, com o objetivo de garantir conforto e um local seco para os animais ficarem durante o ano todo. O aumento da produção é consequência da melhora na qualidade de vida do rebanho”, explica o presidente do Sindicato Rural de Barra Mansa, Adílson Delgado Rezende.
Segundo Rezende, o interesse nesse sistema surgiu, além da necessidade, de uma visita feita pela diretoria do sindicato, acompanhada de técnicos e produtores a uma exposição agropecuária no sul do país. “Até o momento, esse método foi adotado por duas fazendas na cidade, mas a ideia é expandir para outras regiões”, informa.
Além do aumento sustentável da produção, o método visa reduzir custos de manutenção, melhorar índices produtivos e sanitários dos rebanhos e possibilitar o uso correto de dejetos orgânicos provenientes da atividade leiteira.
O presidente do Sindicato Rural destaca também outros benefícios proporcionados pelo projeto aos produtores. “O método auxilia na gestão do rebanho, conforto e saúde dos animais, observação de cio e melhora na reprodução, além do controle da qualidade e da quantidade de alimentação fornecida”.
O instrutor do Sindicato Rural de Barra Mansa, o médico veterinário Francisco Carlos Guedes, aponta outros benefícios desse método. “Além da parte ambiental e da produtividade, o sistema possibilita maior conforto e higiene para o rebanho, contribui para a redução de problemas nas pernas e cascos, diminui a contagem de células somáticas (CCS), aumenta a detecção de cio e colabora para a diminuição do odor e incidência de moscas”, diz.
Resultados – De acordo com o médico veterinário Bruno Meirelles, responsável pelos animais da Fazenda Cafarnaum, no bairro Santa Clara, os resultados da implantação do método na propriedade já estão aparecendo.
“Nos primeiros 45 dias de implantação do sistema, a produção, que era de 17 litros diários por vaca, subiu para 21 litros. Acreditamos que, nesse ritmo, em seis meses, estaremos produzindo cerca de 30 litros diários por animal, o que significa um aumento de mais de 70% na produção por vaca”, comemora.
Custo – Segundo Rezende, o custo para implantação desse método gira em torno de R$ 4 a 5 mil por animal e, apesar do sistema ter um alto custo de instalação, ele garante um excelente retorno para o produtor de leite. “Elaboramos um projeto de crédito para os produtores apresentarem aos bancos visando financiar os custos, tornando o investimento possível e contribuindo para o crescimento da produção”, conta.
O presidente explica que, para que isso se tornasse viável, o Sindicato fez uma parceria com a Cooperativa de Crédito Sicredi, que desde o início abraçou a iniciativa e ajudou a construir um modelo de negócio eficiente e sustentável. “A Sicredi tem nos ajudado e orientado em todo o processo, entendendo e se dedicando ao produtor rural”, observa.
Incentivo – Outro grande incentivo para o uso do sistema, segundo o presidente do sindicato rural, está relacionado à manutenção. “Quanto maior a produção, maior a renda”, comenta Rezende. Como o valor da instalação foi financiado pelo crédito rural que pode ser diluído no período de oito anos, o custo da manutenção do sistema não é considerado alto. “A junção de todos esses fatores contribuirá para o desenvolvimento do setor leiteiro em nossa cidade.”
De acordo com o presidente do sindicato, além de espaço para crescer e aumentar a produção local, Barra Mansa está localizado em uma região com muita tradição na pecuária leiteira. No município, há uma cooperativa de produtores com mais de 80 anos de atividade, além de uma unidade da Lactalis. A região também conta com uma planta industrial da Nestlé e uma da Vigor, além de cooperativas e vários laticínios. “Temos tudo para desenvolver uma produção sustentável e rentável para todos”, arremata Rezende.
Fonte: SNA

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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