Lei que obriga divulgação do preço do leite divide opiniões

Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

Reivindicação antiga dos produtores a Lei 12.669, de 19 de junho de 2012, que obriga as empresas de beneficiamento e comércio de laticí­nios a informar antecipadamente preço pago pelo litro do leite, vem sendo questionada pelo setor que acredita que a mesma terá dificuldades em funcionar. O Coordenador da Cí¢mara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite em Mato Grosso do Sul, Ronan Salgueiro, explica que a lei vai permitir ao produtor negociar o valor e planejar os custos de produção, porém havendo mudanças no mercado poderá resultar em perdas para ambas as partes.“Para antecipar o mercado, a indústria terá que planejar com cautela e com segurança financeira, isso sem considerar que muitas vezes a indústria produz e não comercializa de imediato. Caso o laticí­nio informe o valor baixo, o produtor aceite e haja uma mudança no mercado, aonde o laticí­nio poderia pagar mais, ele não vai fazíª-lo. Em certos momentos, inclusive, poderá impedir que a indústria remunere melhor o litro de leite”, aponta Ronan ao resumir parte das considerações após colocar o assunto em pauta na reunião do grupo dia 25 de junho passado.

Há também, segundo ele, alguns questionamentos ainda sem resposta, como por exemplo: “em caso de descumprimento da lei aonde o produtor deve procurar para denunciar o laticí­nio? Como será feito essa denuncia? Como a laticí­nio vai avisar o produtor? Vão informar o preço exato ou valores médios?”.

Apesar da implantação do Conseleite/MS em novembro de 2009 – Conselho paritário formado pela indústria e produtores que avaliam e aprovam mensalmente preços de referíªncia do leite, e que foi criado justamente para organizar a cadeia produtiva trazendo transparíªncia a cadeia produtiva, sendo que o enfoque é o preço diferenciado – atualmente o grupo demanda por mais empresas para integrar este Conselho, desde a maior a menor, para haver uma representatividade real e assim poder precificar de forma mais confiável a matéria-prima.

“Hoje o mercado está desestabilizado devido a importação. A indústria não está conseguindo saber o preço que poderá pagar no míªs seguinte, principalmente porque não esta conseguindo vender seus produtos”, esclarece o Coordenador da Cí¢mara.

Porém, ainda segundo Ronan, há um ponto em que produtores e indústrias concordam: “o governo federal deveria se importar neste momento em barrar o excesso de importações de leite em pó e queijo, especialmente vindo da Argentina e do Uruguai, que tem colocado para dentro do paí­s um volume de cerca de 4 milhões de toneladas”, aponta.

LEITE FORTE MS

Subprograma voltado para a valorização e fortalecimento da cadeia produtiva do leite sul-mato-grossense, o Leite Forte foi lançado no iní­cio de junho e sob a coordenação da Secretaria de Produção (Seprotur) une pela primeira vez produtores, indústrias, comércio, instituições de assistíªncia técnica e pesquisa, prefeituras e instituições de crédito, otimizando a forma de atuação da cadeia produtiva.

Já na faze de elaboração do conteúdo técnico para a capacitação dos técnicos que farão a multiplicação junto aos público beneficiados nos 17 municí­pios atendidos, os profissionais e produtores que tiverem interesse em participar do projeto já podem se cadastrar através do hotsite do Subprograma. Basta acessar www.seprotur.ms.gov.br/leiteforte e clicar em FORMULíRIOS, e posteriormente no link da área interesse: Formulário «Pré-Cadastro do Produtor» ou Formulário «Pré-Cadastro do Profissional».

Cí‚MARA SETORIAL

Vinculada a Seprotur, a Cí¢mara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite tem a finalidade de sugerir medidas que devam ser adotadas para propiciar o crescimento e a melhoria das atividades da cadeia produtiva do leite.

O próximo encontro para debater assuntos pertinentes ao setor está programado para o dia 30 de julho (segunda-feira), í  partir das 8 horas no Sebrae/MS. Outras informações pelo telefone (67) 3318-5023.

http://www.msnoticias.com.br/?p=ler&id=89325

Mirá También

Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

Te puede interesar

Notas
Relacionadas