#Japoneses querem aprender com goianos

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A delegação japonesa da Agíªncia de Cooperação Internacional do Japão (Jica) cumpriu roteiro de visitas técnicas no municí­pio de Itaberaí­, na última segunda-feira (5). O objetivo principal foi identificar formas de trabalho que possam ser usadas como exemplo de desenvolvimento local em Moçambique, onde eles pretendem trabalhar nos próximos anos. Desta forma, conheceram na teoria como funciona a avicultura de corte, além de estreitarem conhecimentos sobre Unidade Demonstrativa do Programa Balde Cheio. Por fim, os japoneses visitaram um parreiral reformulado após uma aplicação de conceitos ensinados em curso do Programa Empreendedor Rural (PER), do Senar Goiás.

Os membros da Jica, Tokarino Kato, Kobayashi Keuchiro e Hiroo Ito começaram a visita com um bate-papo juntamente aos alunos egressos do PER do municí­pio. A comercialização e a profissionalização foram pontos chave de dúvidas dos japoneses. “Nosso público alvo são 500 produtores com renda inferior a um dólar por dia. Eles ainda nem se alimentam muito bem, então precisamos começar com alimentos de base”, explica Kato.

Ele disse ainda que, apesar de o Japão possuir técnicos muito qualificados, a escolha de firmar uma parceria com o Brasil se deu por outros motivos. Entre eles: o uso do portuguíªs como idioma, fator que aproxima os paí­ses e a disponibilidade dos brasileiros em irem até Moçambique auxiliar neste trabalho. Superintendente do Senar Goiás, Marcelo Martins explica que as condições de solo e clima de Moçambique são similares í  do cerrado goiano e isso também é um ponto de aproximação.

GESTíƒO

Marcelo explicou aos japoneses que o aumento de produção nem sempre estava relacionado a um investimento financeiro, mas que a gestão da propriedade pode fazer a diferença. Como exemplo, eles foram até a propriedade rural de Kremissom Alcí¢ntara, uma Unidade Demonstrativa do Programa Balde Cheio, em Itaberaí­. Em 4,5 hectares, o proprietário conseguiu aumentar a produção diária de leite de 120 litros para 450 litros com apenas 20 vacas. Além disso, diminuiu o custo de produção de R$ 0,71/litro para R$ 0,62/litro. A meta agora da famí­lia é chegar a 800 litros/dia sem aumentar o tamanho da propriedade.

Outro caso apresentado foi do casal de gaúchos Vanilda Padilha Razia e Danilo Razia, plantadores de uva na região. Morador de Itaberaí­ desde 1998, Danilo acreditou no parreiral, mesmo com o clima quente de Goiás e, com esforço, tocou o próprio negócio. Hoje possuem 12,5 hectares de plantação, fabricam suco, geleia e ainda iniciam a produção de vinho caseiro.

Em dezembro passado a esposa decidiu participar de uma edição do PER e levar para o negócio da famí­lia uma organização maior. Ela conta que, no iní­cio, sofreu resistíªncia por parte do marido. “Eu achei que sabia tudo, que não precisava de ajuda, mas percebi que não era bem assim”, explica o esposo.

“A atividade do Senar aqui é muito importante e em pouco tempo pudemos aprender muito com vocíªs. Em Moçambique falta experiíªncia e uma sistematização. A ideia agora é elaborar projetos que possam ser executados lá e levar alguém do Senar para nos prestar auxí­lio”, finalizou Hiroo Ito, agradecendo í  hospitalidade goiana.
http://www.dm.com.br/texto/134977-japoneses-querem-aprender-com-goianos

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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