Inseminação artificial pode aumentar produtividade #leiteira das vacas

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Pequenos criadores de GO visam melhorar qualidade genética do rebanho. Custo e assistência técnica impedem disseminação da técnica.

 

A pecuária é a principal atividade nas fazendas de Jussara, cidade que fica no oeste de Goiás, bem na divisa com Mato Grosso. O rebanho do município tem mais de 340 mil cabeças, a maioria é gado de corte.

Na região, leite é negócio de pequena propriedade, como a do produtor Edivaldo Barbosa, que tem 50 hectares e um rebanho em torno de 80 cabeças. Ele virou criador há três anos e toca todo o serviço sozinho, tirando na mão os quase 100 litros de leite que produz por dia.

O leite vai para Associação de Pequenos Produtores de Jussara (Aproleite), que vende toda a produção para uma cooperativa de Minas Gerais. A associação tem 400 fornecedores, que entregam por dia cerca de 45 mil litros de leite. Só que o rebanho em lactação estimado é de mais ou menos 10 mil vacas. O que dá uma média de apenas 4,5 litros de leite por vaca por dia.

Para aumentar a produtividade e a renda dos criadores, a Aproleite criou um programa que busca melhorar a genética do rebanho através da inseminação artificial. Contratou um veterinário, comprou botijões para armazenar sêmen, instrumentos para inseminar e uma moto para ir até as propriedades.

Inseminação artificial
Antes de saber como funciona o programa, vamos relembrar a técnica? Começa com touros com boa genética, que comprovadamente melhoram a qualidade de seus filhos, vão para centrais que fazem a coleta do sêmen. Que depois é tecnicamente avaliado para conferir se os espermatozóides são viáveis: se estão vivos, perfeitos e com boa mobilidade. Se aprovado, o sêmen é armazenado em botijões com nitrogênio líquido, substância que mantém o material a uma temperatura muito baixa, de quase 200 graus Celsius negativos. Dessa forma, ele permanece em perfeitas condições por muitos anos. O sêmen é vendido em doses. Na hora da inseminação ele é descongelado e colocado diretamente dentro do útero da vaca, que tem que estar no cio há pelo menos 12 horas. O serviço deve ser feito por um veterinário ou por alguém bem treinado.

O programa da Aproleite funciona da seguinte forma. Quando o produtor tem uma vaca no cio, liga para o veterinário e marca um horário. Ele pega a moto com todos os intrumentos e vai até o local.

A distância é fundamental para o sucesso da inseminação. Um dos requisitos pra propriedade poder participar desse programa é que ela não pode estar a mais de 15 km da sede do município. «Por causa da viabilidade do sêmen. Por até uma hora o sêmen se mantém viável dentro da garrafinha entre 35 e 37 graus”, explica o veterinário Felipe Martins.

O criador só paga pela dose de sêmen, que na Aproleite custa entre R$ 25 e R$ 85. O preço da dose varia de acordo com a raça, o touro e o tipo de sêmen. O chamado sexado dá a probabilidade de mais de 90% de gerar uma fêmea, mas é o mais caro.

Para se manter no programa, o criador tem que fazer algumas mudanças na propriedade: “Na parte de manejo: um tronco, um curral, uma estrutura mais adequada para gente fazer a inseminação. A segunda: a parte de sanidade: pelo menos um exame de brucelose e tuberculose. O terceiro é fator nutricional do animal, que é uma ótima qualidade de volumoso e um sal mineral de boa qualidade”, explica Felipe Martins.

Outra obrigação do criador é manter touros longe das vacas, para evitar algum cruzamento indesejado. Além de fazer a inseminação, o veterinário também dá toda a assistência técnica necessária para o manejo do gado.

Fazenda modelo
A propriedade tem apenas 8 hectares e um rebanho de 22 vacas, sendo 16 em lactação. O criador, Vismar Filho, que também é zootecnista, já fazia inseminação artificial por conta própria, mas aderiu ao programa da Aproleite, por causa das facilidades que ele traz.

Os animais ficam em piquetes divididos com cerca elétrica, que custa menos que uma cerca normal. Vacas em produção, secas, bezerras. Cada categoria tem seu próprio espaço e todo o rebanho recebe concentrado no cocho.

No verão, os animais têm capim à vontade no pasto. No inverno, período seco na região, além do capim os animais recebem silagem de milho e de cana de açúcar. Vismar diz que nem precisou gastar muito pra mudar o perfil da propriedade. Bem alimentadas e saudáveis as vacas respondem bem na hora da ordenha, que hoje já é mecanizada.

Em cerca de 4 anos, o programa da Aproleite chegou a 20 propriedades. A média diária de produtividade passou de 4 para 7 litros de leite.

http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2014/06/inseminacao-artificial-pode-aumentar-produtividade-leiteira-das-vacas.html

 

 

 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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