Mas, neste inverno, o preço do produto nacional não deve ter alteração. Em 2008, a média de leite em pó que entrava no país era de 375 toneladas mensais
Nos últimos quatro anos, a média de importação do produto uruguaio cresceu cerca de 900%. O impacto sentido pelos produtores catarinenses, principalmente no inverno, é o preço.
“Gostaríamos que as autoridades do Estado e do Alto Vale, olhasse para o produtor. E ao invés de exportar o leite que eles dessem um melhor apoio no preço, essas empresas de leite. Assim os produtores poderiam aumentar a produção e se sentiriam mais valorizadosâ€, sugere o produtor Adi Cuco.
Presidente Getúlio (SC) é a maior bacia leiteira do Alto Vale e a segunda maior do Estado. Em uma propriedade a produção chega a 700 litros de leite por dia. E o rendimento a R$ 17 mil por míªs.
Para o agricultor, Marcelo Geiser, o valor do produto não é ruim. Mas, poderia ser ainda melhor se a importação do país vizinho fosse barrada pelas autoridades: “Está prejudicando, o preço que estamos ganhando não está ruim, mas também não está bom. No inverno a tendíªncia é aumentar o preço, mas não nesse ano por causa dessa exportação de leite.â€
Entre os problemas que agravam a situação da cadeia produtiva do leite estão: o clima, os custos de produção e industrialização. Para se ter uma ideia, a indústria brasileira vende o kg do queijo pelo preço de R$ 10,30 no atacado, enquanto o produto argentino chega ao mercado nacional a R$ 7,50 o kg. Para aumentar a competitividade do produto brasileiro a intenção é apoiar a iniciativa para isenção de impostos sobre a ração animal e o sal mineral.
“Se o Governo conseguisse fazer isso seria um grande incentivo aos produtoresâ€, afirma Marcelo Geiser.
Fonte: RBATV