O presidente da Emater/RS, Clair Tomé Kuhn, se reuniu na tarde da terça-feira, 15, com o presidente do Sindicato das Indústrias de Lacticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, para propor a prestação de serviços extras de assistência técnica aos produtores ligados às indústrias e cooperativas associadas ao sindicato. A ideia inicial da Emater/RS-Ascar é intensificar as ações junto ao setor lácteo, mas, para isso, precisa de parceria que viabilize a expansão dos serviços. ‘Vejo a parceria como positivo, mas é um projeto que deve ser construído’, afirmou Guerra, após a apresentação da proposta.
‘Estamos buscando essa parceria com o Sindilat porque os nossos assistidos, que são os agricultores familiares, podem estar ou terão dificuldades para atender a algumas exigências como, por exemplo, o volume de entrega que para muitos é alto’, avaliou Kuhn, ao alertar que muitos desses agricultores pensam em sair da atividade.
Os dirigentes também discutiram questões conjunturais, de prejuízo ao setor lácteo brasileiro. Entre elas, as importações de leite em pó, que vêm expandindo a oferta de leite no mercado nacional. Hoje, o preço pago ao produtor pelo litro do leite está baixo devido ao aumento na produção, que também preocupa o produtor. ‘Este fator, aliado à estabilidade na produção em estados do norte do país e à diminuição do consumo de lácteos, foi o que nos impulsionou a ir à Brasília buscar alternativas para melhorar a relação desse mercado. Uma das estratégias que temos analisado é a criação de mercados institucionais específicos para o leite’, comentou Kuhn.
Segundo dados da Emater/RS-Ascar, no Rio Grande do Sul aproximadamente 20% dos produtores entregam até 50 litros de leite por dia e 40% entregam 100 litros de leite por dia.
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