Deputado evidencia preocupação com a produção nacional de leite

Luis Carlos Heinze (RS) alertou para o crescente número de importações de leite no Brasil, fato que prejudica as cooperativas de leite
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Luis Carlos Heinze (RS) alertou para o crescente número de importações de leite no Brasil, fato que prejudica as cooperativas de leite
Durante discurso realizado na terça-feira (15/6) na Câmara, o deputado Luis Carlos Heinze (RS) alertou para o crescente número de importações de leite no Brasil, fato que prejudica a produção nacional, e consequentemente as cooperativas de leite. O parlamentar reforçou a importância de discutir a situação com a Ministra Kátia Abreu (Agricultura) e com o Ministro Armando Monteiro (Indústria e Comércio) a fim de que os pequenos produtores de leite não tenham perdas graves.

Para reforçar o apoio ao discurso do deputado, estiveram presentes no plenário Alexandre Guerra, Presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul; Arno Kopereck, Presidente da cooperativa Cosulati; e, Gilberto Pìccinini, Presidente da cooperativa Cosuel.

DISCURSO – PRODUÇÃO DE LEITE NO BRASIL

DEPUTADO LUIS CARLOS HEINZE (RS)

Sr. Presidente, Deputado Luiz Couto, colegas Parlamentares e telespectadores que estão nos assistindo pela TV Câmara, na semana passada, recebemos aqui o Sr. Alexandre Guerra, Presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul. O Deputado Mauro o conhece de Nova Petrópolis, da cooperativa Piá, uma das grandes cooperativas do Brasil, orgulho do nosso Estado, Rio Grande do Sul. Recebemos também o Sr. Arno Kopereck, Presidente da cooperativa Cosulati, de Pelotas, e, da mesma forma, Gilberto Pìccinini, Presidente da cooperativa Cosuel, de Encantado.

Acho que estão simbolizadas nessas três cooperativas não só as cooperativas de leite, mas as próprias indústrias de leite. Isso não vale apenas para o Rio Grande do Sul. É um alerta. Nós já estivemos com a Ministra Kátia Abreu. Estamos fazendo um documento, encaminhado pela Comissão de Agricultura da Câmara, para ter mais peso, em nome dos colegas Parlamentares de todas as bancadas. Oposição e situação — não interessa — estão juntas para que a Ministra Kátia Abreu, o Ministro Armando Monteiro, da Indústria e Comércio, e também o próprio Itamaraty participem dessa discussão.

Veja que isso repercute no leite em todo o Brasil, não apenas no Rio Grande do Sul. O que o Rio Grande do Sul está trazendo é que, no ano passado, em 2014, nos primeiros 4 meses, nós exportamos 141 milhões de litros de leite. Nos primeiros 4 meses deste ano, foram 102 milhões de litros, isto é, 40 milhões a menos. E não é apenas isso, Deputado Mauro: o pior são as importações. Nós importamos 277 milhões de litros nos primeiros 4 meses do ano passado e importamos agora 438 milhões, muito disso do Mercosul.

Quer dizer, isso prejudica o quê? A produção nacional de leite. O Rio Grande do Sul está crescendo. Hoje já é o segundo maior produtor do Brasil. E esse é um problema que afeta o Brasil inteiro. Hoje existem mais de 1 milhão de produtores de leite em todo o Brasil. É a atividade que mais emprega produtores — e a grande maioria são pequenos produtores.

Então, nós estamos chamando a atenção para isso. O Presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul, Sr. Alexandre Guerra, da cooperativa Piá, está trazendo esse alerta ao Governo. Nós temos que nos antenar. Eu queria ver se fosse o inverso, se a Argentina fosse, ao contrário, a demandadora do que nós estamos apresentando aqui. Logicamente, eles já teriam trancado essa importação. Agora, no Brasil…

Quem é que paga por isso? É o produtor. Isso está acontecendo com o leite; acontece também com o arroz. O Rio Grande do Sul é o maior produtor do Brasil. Está sendo duramente afetado pela importação que vem da Argentina, do Uruguai e um pouco também do Paraguai. Isso prejudica a produção brasileira — vale para Santa Catarina, que também é produtora de arroz, e vale para o Rio Grande do Sul. Então, esse alerta que o leite nos traz é do que nós estamos falando para que possa ser feito.

No mais, Sr. Presidente, colegas Parlamentares, Deputado Luiz Couto, aqui não há uma questão político-partidária. Eu quero chamar a atenção para o que vi no jornal Folha de S.Paulo no último sábado. O ex-Ministro de Segurança Pública chinês Zhou Yongkang foi condenado à prisão perpétua. E a prisão perpétua sucedeu a pena de morte. Antes era pena de morte, Deputado Mauro Pereira, e hoje é prisão perpétua. Ele foi acusado de receber uma propina de 65 milhões de reais.

Transformando a moeda chinesa para a moeda brasileira, são 65 milhões de reais. O atual Presidente da China, num programa de combate à corrupção, está exigindo a punição de seus Ministros ou de quem quer que seja. Esse exemplo tem que vir para o Brasil.

Vimos aqui, Deputado Luiz Couto, o exemplo do Pedro Barusco. Quem era Pedro Barusco? Não era Ministro, não era grande autoridade. Era do quinto ou sexto escalão da PETROBRAS e devolveu 100 milhões de dólares. Veja: são 300 milhões de reais e não os 65 milhões pelos quais uma grande autoridade chinesa agora está sendo condenada à prisão perpétua.

Da mesma forma, chamo atenção para o fato de, há pouco tempo, 4 ou 5 anos atrás, a esposa do grande líder chinês Mao Tsé-Tung, o qual revolucionou a China, a sua última esposa, também ter sido condenada à prisão perpétua e acabou se suicidando, porque aconteceu isso. O pessoal tem vergonha na cara. Aqui parece que não tem.

Isso o que acontece não é questão político-partidária. Não interessa. O que nós temos que fazer, nós Parlamentares, as pessoas de bem, de qualquer partido que seja, é combater. Tenho certeza de que a Presidenta Dilma também pactua com isso e que muitas vezes está amordaçada por esses arranjos políticos, inclusive do meu partido e do seu partido, Deputado.

Mas não interessa o partido, interessa que as pessoas de bem não podem ficar sangrando, como é o meu caso, sendo acusadas levianamente por um corrupto, um ladrão, como esse Alberto Youssef, que joga com o nosso nome como se fôssemos quaisquer pessoas. Não somos, vamos demonstrar na Justiça. Inclusive, há algum tempo nós já o estamos chamando. Eu quero fazer uma acareação com ele. Não devo nada, Deputado Pe. Luiz Couto. V.Exa. já nos conhece há quantos anos? Nunca nos envolvemos com esse tipo de falcatrua para ter agora o nosso nome jogado na lama.

Por isso, faço menção ao que está acontecendo na China. Deve servir de exemplo para o Brasil o que acontece lá com o Presidente chinês, que está aplicando à risca um programa de combate à corrupção. Está aí uma das maiores autoridades do Partido Comunista Chinês, nesse instante, sendo condenada à prisão perpétua. Esse exemplo tem que vingar, Deputado Luiz Couto, para o Brasil.

A gente viu agora o Vaccari, envolvido nesses processos, sendo ovacionado num congresso lá na Bahia. Não interessa o partido. Pode ser do meu partido, não me interessa. Quem quer que seja tem que pagar pelo crime que cometeu. Portanto, aqui está o exemplo que lá da China nos vem.

Para complementar, estamos aguardando, agora, no final, ainda, desta tarde, a conversa com a Ministra Kátia Abreu sobre a questão do preço mínimo do arroz, que estamos discutindo, e alguns mecanismos também para a comercialização do arroz. O Banco do Brasil deve soltar nota prorrogando as parcelas de EGF que vencem em julho, agosto, setembro e outubro, jogando-as para outubro, novembro, lá para o final do ano. Da mesma forma, uma cobrança para os bancos particulares — Bradesco, Itaú, Santander, HSBC, Banco SICREDI e a própria Caixa Federal: que também façam o mesmo procedimento do Banco do Brasil, para ajudar os arrozeiros do Rio Grande do Sul e também de Santa Catarina. Muito obrigado.

http://www.tribunahoje.com/noticia/145371/cooperativas/2015/06/17/deputado-evidencia-preocupaco-com-a-produco-nacional-de-leite.html

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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