#Criadores de SP conseguem manter a produção de leite na entressafra

Produtor consegue mesmo volume registrado na época da safra.
Em duas ordenhas diárias são retirados até 20 litros de leite por vaca.

A época de frio causa redução na produção de leite, o que provoca uma alta no preço do alimento. Ganha mais o criador que consegue aproveitar a ocasião não deixando cair quantidade produzida pela vacada.

A máquina faz a colheita mesmo em dia frio e chuvoso porque a vacada não pode ficar sem alimento. A propriedade do produtor de leite Norberto Sebastiani, em Itapetininga, São Paulo, tem cinco hectares. Ele arrendou uma área para semear aveia, pastagem tí­pica de inverno. Passados 60 dias de plantio junto com braquiária, a aveia está pronta para ir para o cocho. O volumoso é fornecido com a ração. Como choveu um pouco mais esse ano, até tem pasto, mas a quantidade não é suficiente para garantir a nutrição das 48 vacas em lactação.

“Essa pastagem tem capacidade de fornecer de cinco a seis quilos de massa verde por dia por animal. O animal precisa de 50 a 60 quilos para estar suprida a dieta em termos de volumoso durante o dia”, diz Sebastiani.

Dos 60 quilos de volumoso, 20 quilos são silalgem de milho. Mas a principal estratégia do produtor para não faltar alimento no inverno é guardar o capim que ele corta no verão, usando uma tecnologia chamada de pré-secado. A sobra do capim colhido vai para o galpão, onde é espalhada. Com um rastelão, é repassada de quatro a seis vezes por dia para desidratar. Em dois dias, está tudo pronto para ir para uma prensa, com força de 13 toneladas, que faz o armazenamento do produto em sacos plásticos feitos de material reciclável.

“Como é material úmido, eu não posso deixar exposto ao ambiente porque vai criar mofo. Então, quando a gente expulsa o ar, eu consigo armazenar por mais de um ano o produto dentro desta embalagem”, explica o Sebastiani.

O produtor consegue ver os resultados da estratégia no momento de retirada do leite. Com duas ordenhas diárias, a produção é de 18 a 20 litros de leite por vaca ao dia, mesmo volume registrado na época da safra. A produção alta faz Sebastiani aproveitar o bom momento da remuneração. O preço pago atualmente é de R$ 1,10. No mesmo perí­odo do ano passado, estavam sendo pagos R$ 0,90 pelo litro do leite.

A alta no preço tem a ver com a queda na oferta de leite. Por causa de problemas climáticos, os principais paí­ses produtores e exportadores do mundo, Nova Zelí¢ndia e Austrália, produziram menos e também houve problemas na América do Sul, como explica o diretor da Colaso.

“O Nordeste teve uma seca muito grande e vocíª teve uma redução de produção de mais de 50%. Também houve alguns fatores externos. A Argentina com redução de produção de 10%, Uruguai com redução de produção de 6%. São os dois paí­ses que exportam para o Brasil. Com isso, a gente teve redução de importação de leite do Mercosul em torno de 20% a 25% menos do que relativa a 2012”, diz Antonio Julião Bezerra.

Apesar da redução de 20% nas importações, o Brasil gastou na compra de leite no primeiro semestre deste ano uma quantia igual ao do mesmo perí­odo do ano passado porque, de lá pra cá, o preço internacional do leite subiu 70%.
http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2013/07/criadores-de-sp-conseguem-manter-producao-de-leite-na-entressafra.html

Mirá También

Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

Te puede interesar

Notas
Relacionadas