Concorrência externa preocupa laticínios do RS

Entrada de produtos lácteos da Argentina e não taxação para outros Estados do Brasil têm acirrado disputa no mercado gaúcho
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A entrada de lácteos de outros países preocupa a Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil/RS). De acordo com o presidente da entidade, Wlademir Dall’Bosco, entre março e abril deste ano o Ministério da Agricultura ampliou a cota de importação de produtos derivados de leite da Argentina de 3.000 mil toneladas para 5.000 toneladas.

«Com a entrada de produtos argentinos, os preços tendem a cair e causar um desiquilibrio no mercado brasileiro. Se somarmos a importação dos Estados Unidos por parte das grandes indústrias, a situação é ainda mais complicada», destaca Dall’Bosco.

Além da importação de outros países, o Rio Grande do Sul tem encontrado outro problema: a concorrência doméstica. De acordo com a Apil, Estados como Paraná e Rio de Janeiro, entre outros, implementaram medidas protecionistas como o aumento de  taxas para entrada de produtos lácteos de outros Estados, o que não acontece no mercado gaúcho.

«O Rio Grande do Sul é reconhecido por seu rigoroso critério de controle de qualidade de fiscalização de leite, o que eleva o custo de produção local. A entrada sem taxação de produtos de outros Estados tem causado um excesso de oferta na região. Os preços caíram quase R$ 2 nos últimos 30 dias», destaca o executivo.

Para solucionar esse entrave, Dall’Bosco afirma ter participado de uma reunião com o ministro Blairo Maggi, durante a Expointer, em Esteio, RS, onde apresentou as demandas do setor. «Queremos que os produtos de outros Estados também sejam taxados para entrar no mercado gaúcho». Já em relação à concorrência de outros países, o executivo pede que não aconteçam novas ampliações de cotas, sem que antes o setor seja consultado. «Nenhuma entidade de produtores foi ouvida antes dessa medida», afirma.

A Apil RS conta hoje com 56 laticínios associados, que processam cerca de 2,3 milhões de litros de leite, respondendo por cerca de 18% do volume total do Estado. De acordo com a entidade, seus sócios produzem mais de 70%¨do queijo consumido no Rio Grande do Sul.

http://www.portaldbo.com.br/Mundo-do-Leite/Noticias/Concorrencia-externa-preocupa-laticinios-do-RS/17833

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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