Avanços e desafios da cadeia produtiva do leite são discutidos

A infraestrutura da zona rural ainda é grande impedimento. Pesquisadora da Embrapa falou sobre desafios do produtor.
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Apesar de Rondônia ser o maior produtor de leite da região Norte brasileira com uma média de 980 mil litros/dia, o produtor rural ainda encontra desafios a ser superados. A logística é o principal deles. Pesquisas sobre essa realidade já estão disponíveis para que o setor prospere na quantidade e qualidade do produto.

Com essas informações, a pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, médica veterinária Juliana Alves Dias, abriu a palestra “Cadeia Produtiva do Leite – Avanços e Desafios face realidade de Rondônia” no auditório da 4ª Rondônia Rural Show, que segue até o próximo sábado (30), no Parque de Exposições Hermínio Victorelli, em Ji-Paraná.

A palestrante classificou que a infraestrutura na zona rural como a conservação de estradas e pontes, abastecimento de energia elétrica e armazenamento são avanços relevantes neste processo evolutivo da cadeia da produção leiteira. “As associações e cooperativas estão se estruturando com equipamentos de resfriamento. Isso garante a qualidade do produto, conforme estabelece a legislação vigente”, afirmou a pesquisadora.

Por outro lado, o tempo gasto entre a ordenha até o resfriamento do leite é apontado na pesquisa como sendo um dos pontos mais desafiadores. “A demora para que o leite chegue da ordenha ao resfriamento tem sido prejudicial à qualidade do leite”, assinala Juliana Alves, detalhando que a Instrução Normativa Nº 62 estabelece prazo até 2017 para a erradicação de falha desta natureza.

Pesquisa
A pesquisa foi realizada pela Embrapa em 2013 na maior bacia leiteira de Rondônia envolvendo 275 propriedades rurais localizados na microrregião de Ji-Paraná, que abrange os municípios de Jaru, Governador Jorge Teixeira, Theobroma, Ouro Preto do Oeste, Vale do Paraíso, Nova União, Mirante da Serra, Urupá, Teixeirópolis, Ji-Paraná e Presidente Médici.

Nessa microrregião a produção corresponde a 38% do leite rondoniense.
A produtora rural Luzinete Severiano mora a 33 anos num sítio de 21 alqueires na linha 140 Sul em Novo Horizonte e vive da produção de café e leite. Mas é no leite que ela garante a manutenção à família e a propriedade. “Com o leite temos aquele salário certo todo final de mês, por isso investimos na produção de leite com qualidade”, disse ela.

Sobre o desafio apontado pela palestrante a produtora rural disse que na região onde mora isto não é problema. “Precisamos apenas de dez minutos para resfriar o leite ao ser ordenhado”, assegura Luzinete, acrescentando que é a primeira vez que participa da Rondônia Rural Show e que palestras como essas não podem deixar de ser assistidas.

Estudante do primeiro ano do curso de técnica em alimentos em Ji-Paraná, Amanda Correia Palomo escolheu o curso pelo interesse que tem pela gastronomia e alimentos em geral. “Sobre a cadeia produtiva do leite vimos bem pouco até o momento na escola, mas esta palestra nos dá uma visão ampliada sobre a realidade dos produtores e, consequentemente, do alimento que chega à mesa do consumidor”, avalia a estudante.

Até sábado, todos os dias nos auditórios da 4ª Rondônia Rural Show vários temas serão abordados em palestras e oficinas. Todas elas tem o compromisso de levar informações e técnicas atualizadas ao produtor rural, conforme programação dos organizadores, a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento e Regularização Fundiária (Seagri) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), responsável pelo gerenciamento das palestras e oficinas. A entrada é franca.

http://g1.globo.com/ro/rondonia/especial-publicitario/governo-de-rondonia/4-rondonia-rural-show-2015/noticia/2015/05/avancos-e-desafios-da-cadeia-produtiva-do-leite-sao-discutidos.html

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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