#Aumento de custos deve elevar preço do leite em 6%

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A recente alta de 25% no preço dos insumos utilizados pela pecuária leiteira, em especial na ração animal, devido ao aumento das cotações das commodities no mercado exterior, deve elevar o preço do leite para o consumidor final brasileiro em cerca de 6%, nos próximos 30 ou 60 dias. í‰ o que prevíª o presidente da Comissão Técnica de Pecuária de Leite da Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Faerj), Ricardo Bastos.

Segundo Bastos, o custo de produção está defasado entre 5% e 6% em relação ao recebimento do leite. «Como a cadeia vai passo a passo, o produtor hoje está com 6% de prejuí­zo», indicou. Ele prevíª que, agora, para buscar o equilí­brio, os produtores vão reduzir a quantidade de insumos usados na atividade e também a produção até encontrar uma estabilidade. «Com essa queda de produção, o laticí­nio, como precisa de leite, tem que ter um adicional para conseguir mais leite. Isso é um (efeito) dominó. Por isso, é que leva entre 30 e 60 dias para chegar ao consumidor final», explicou.

Bastos acredita que o impacto dos insumos no preço do leite pode ser atenuado por meio da liberação, pelo governo, dos estoques de milho, de soja e de farelo de soja, que são os principais insumos da produção. Ele lembrou que o setor produtor leiteiro já sofreu um aumento de mão de obra, que incide sobre o custo de produção em até 15%, enquanto o peso dos insumos é bem maior, da ordem de 40%. «Então, quando aumenta o insumo, isso reflete diretamente no custo de produção».

Historicamente, quando o preço da soja e do milho estão bem, a tendíªncia é aumentar a área de plantio, conforme Bastos. «Aumentando a área de plantio, aumenta a oferta e, consequentemente, cai o preço lá na frente». Ele espera que esse movimento se repita no Brasil para que o preço ao consumidor possa diminuir.

O diretor da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Francisco Vilela, concorda que a situação da pecuária leiteira no Brasil pode ter algum efeito para o consumidor final. Ele acredita, porém, que o cenário de alta do preço para o consumidor pode ser revertido, «mas só no ano que vem». Vilela lembrou que a safra brasileira já está colhida e a safra americana, que seria colhida em setembro/outubro, «está frustrada» devido í  seca nos Estados Unidos. «Então, este ano, não tem mais produto, não tem mais safra. Só no ano que vem».

Com isso, tal cenário pode gerar aumento de custo para o produtor, com reflexo no consumidor final. Segundo Vilela, além de financiar a retenção de matrizes para evitar que os produtores as vendam e tornem, assim, esse efeito de alta permanente, o governo poderia ainda suspender a importação de produtos lácteos. «Isso faz com que o mercado aqui reaja».

http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201208292050_ABR_81536389

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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