Programa estadual anunciado ontem pelo governador visa melhoria do padrão genético do gado, alimentação adequada e qualificação de técnicos. Ministro da Agricultura, em visita do Ceará, também anunciou plano federal
Cid Gomes e o ministro Antí´nio Andrade assinaram ontem a certificação do Ceará como área livre de aftosa
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O Governo do Estado pretende dobrar a produção leiteira cearense em até cinco anos, uma meta anunciada pelo governador Cid Gomes na manhã de ontem. Ele deve contar com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que lançará programa de estímulo í produção leiteira no País segundo o titular da pasta Antí´nio Andrade. Ontem, no Centro de Eventos, o ministro entregou ao governador a certificação de que o Ceará é zona livre de febre aftosa.
Segundo o governador, as medidas para aumentar a produção no Estado começarão a ser implantadas já neste ano. “Hoje nós só conseguimos produzir metade do que a gente consomeâ€. Conforme ele explica, a estratégia consiste em tríªs eixos: melhoria do padrão genético do gado, qualificação da assistíªncia técnica especializada e na melhoria da alimentação do rebanho. Para o melhoramento genético será incentivado o investimento em inseminação artificial, transferíªncia de embriões, introdução de touros de melhor qualidade, e aquisição de matrizes (vacas).
Com relação í qualificação da assistíªncia técnica, Cid disse que o Estado conta com um número de profissionais suficiente para essa cobertura. Mas que eles precisam de uma formação específica para que seja cumprida a meta de aumentar a produção. “Com melhorias na qualificação da assistíªncia técnica eu acho que é muito razoável que o Ceará venha a se transformar num grande polo produtor de leite do Brasilâ€, diz.
Segundo o governador, foi acertado na semana passada o envio de 40 profissionais para a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Minas Gerais, para que conheçam técnicas a serem disseminadas no Ceará. “Para a gente multiplicar isso e fazer um programa voltado especificamente para a capacitação da pecuária leiteiraâ€.
O governador acredita que para o desenvolvimento da pecuária no Estado é preciso incentivar a atividade leiteira em vez da tradicional pecuária de corte, para que o Estado passe de importador a exportador de leite para o Brasil. “Como a gente tem sol o ano inteiro, a incidíªncia de doenças nas vacas diminuem. Se vocíª fizer ração, tiver irrigação e técnicas de fazer a silagem dessa ração, vocíª pode ter, no ano inteiro, um nível de produtividade excelenteâ€.
Faec
O programa de incentivo í produção leiteira no estado deve se chamar Leite Ceará, segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Flávio Saboya. Ele diz que o projeto está passando por ajustes técnicos da Agíªncia de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece).
“O leite é um item da mais alta importí¢ncia. A atividade representa mais de 53% do valor bruto da produção agropecuária e envolve mais de 120 mil pessoas, com cerca de 83 mil estabelecimentos envolvidos. A atividade está no sangue do semiárido nordestinoâ€, disse.
O reconhecimento do Ceará como zona livre de febre aftosa foi anunciado no último dia 19. A entrega da certificação foi realizada ontem na abertura do Seminário Nordestino de Pecuária (Pecnordeste).
http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2013/09/04/noticiasjornaleconomia,3123063/ceara-quer-dobrar-producao-em-5-anos.shtml