A guerra comercial pode destruir o setor lácteo e o mercado de grãos

Proteção comercial/EUA – Na última semana o Presidente Trump anunciou novas tarifas sobre as importações de aço e de alumínio. Entrar nesse tipo de guerra comercial Fonte: Dairy Herd
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Proteção comercial/EUA – Na última semana o Presidente Trump anunciou novas tarifas sobre as importações de aço e de alumínio. Entrar nesse tipo de guerra comercial pode ter um impacto significativo para o agronegócio, dizem os analistas. Embora ele não tenha imposto, oficialmente, as tarifas, o anúncio, que não tem o apoio de todo o seu gabinete, já está colocando o mundo em alerta.
De acordo com Brian Kuel, diretor executivo da Farmers for Free Trade, entidade que busca um comércio livre, essas tarifas são muito propensas a acelerar processos de retaliação comercial, colocando as exportações agrícolas dos Estados Unidos em fogo cruzado. “Existe uma possiblidade real de isso se torne um convite à retaliações à agricultura norte-americana”, disse Jeff Harrison, da Combest Sell & Associates no AgriTalk Friday. “As consequências são absolutamente reais”.
O Canadá e o México serão os dois países mais afetados pelas tarifas, disse Shawn Haney do RealAgriculture.com.
“Haverá exceções? Pelo que tomei conhecimento até agora, o Presidente foi muito firme e não haverá isenções”, falou Clinton Griffiths no AgriTalk. Para justificar a tarifa o Presidente usa de sua autoridade sobre o tratado de segurança nacional. Países como o Canadá estão se sentindo ofendidos. “É totalmente inapropriado ter a percepção de qualquer comércio com o Canadá como uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos”, disse Chrystia Freeland, Ministro do Comércio Exterior do Canadá. “Nós sempre defenderemos os trabalhadores canadenses e as empresas do Canadá. Se as restrições forem impostas ao nosso aço e alumínio tomaremos medidas à altura para defender os interesses comerciais e os nossos trabalhadores”. De acordo com Edge, a cooperativa de laticínios de Wisconsin, a guerra comercial com “grandes parceiros comerciais” não será boa para os Estados Unidos, e provavelmente resultará em queda nas vendas de produtos lácteos, elaborado com o leite de nossos produtores. “Isso representaria uma perda trágica, em um momento particularmente ruim, quando os agricultores lutam para chegar a um equilíbrio”, disseram em comunicado.
Harrison aponta que esta não é a primeira vez que Trump fez coisas desse tipo. No início do ano ele impôs tarifas sobre máquinas de lavar e painéis solares. “A China retaliou com o sorgo norte-americano”, disse. “Os agricultores estão realmente sob pressão no momento e não podem ser dar ao luxo de tropeçar. Não podemos perder cota no mercado mundial e ainda manter os fazendeiros em suas atividades”.
Haney observa a ironia: a ação protecionista de Trump é exatamente a mesma que ele acusou o Canadá de fazer durante as negociações do NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte).
http://www.terraviva.com.br/site/index.php?option=com_k2&view=item&id=16293:a-guerra-comercial-pode-destruir-o-setor-lacteo-e-o-mercado-de-graos

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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