Guerra comercial não beneficia ninguém, diz presidente da Apex

Guerra comercial - Roberto Jaguaribe acredita que possíveis barreiras entre EUA e China não ajudam outros países
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Roberto Jaguaribe acredita que possíveis barreiras entre EUA e China não ajudam outros países

 Jaguaribe acredita que independente do imbróglio internacional, exportações do BR devem crescer
O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o embaixador Roberto Jaguaribe, acredita que uma possível guerra comercial entre Estados Unidos e China não deve beneficiar nenhum dos atores do comércio mundial. «A guerra comercial acaba sendo contagiosa e não beneficia ninguém», disse ele, nesta segunda-feira, 26, a jornalistas, na sede da Sociedade Rural Brasileira (SRB), em São Paulo.
Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um memorando impondo barreiras a produtos chineses. No mesmo dia, o Ministério do Comércio da China retaliou a medida dizendo que também vai adotar tarifas sobre as importações dos EUA, com impacto estimado em US$ 3 bilhões. Entre os produtos americanos que podem ser tarifados por Pequim estão carne de suíno e alumínio reciclado. O governo chinês propôs um acordo para encerrar a disputa «o mais rápido possível», mas não deu prazo final.
Independentemente do imbróglio internacional, Jaguaribe acredita que o comércio mundial agropecuário brasileiro deve crescer, em virtude do aumento da demanda mundial por alimentos. «A pauta agropecuária tem suas características próprias. A primeira dela é o quadro geral da demanda», disse. «Necessariamente vai haver mais comércio agrícola no mundo.»
A Apex tem trabalhado em programas para melhorar a imagem mundial do agronegócio brasileiro, principalmente em questões de sustentabilidade. «Não cuidamos com adequação da imagem do agronegócio brasileiro», afirmou Jaguaribe sobre o histórico do setor. Ele afirmou que o Brasil desenvolveu uma revolução no segmento nos últimos anos, «acoplando pesquisa à produção», mas que não foi criada «uma narrativa (positiva) dessa história», explicou. Ele espera que, por meio de um esforço coletivo, o agronegócio possa mudar essa imagem. Entre as ações concretas da agência, Jaguaribe citou o monitoramento de redes na internet, a participação e realização de eventos.
O embaixador também criticou ações que, para ele, desestabilizam a imagem do setor desnecessariamente. «Temos de cuidar para evitar ações que permitam nossos detratores nos criticar, ainda mais quando essas ações não têm efeito prático», disse. A crítica foi uma referência indireta ao projeto de lei que deve ser votado nesta semana no Senado e permite o cultivo de cana-de-açúcar em áreas degradadas da Amazônia Legal. O texto chegou a ser colocado em votação, na semana passada, mas não houve quórum para deliberação. O autor da proposta é o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA).
Jaguaribe participou do Programa de Parcerias Estratégicas da SRB. O Programa tem o objetivo captar recursos e o apoio de grandes empresas brasileiras e multinacionais para desenvolver um projeto de aproximação dos produtores rurais a inovações tecnológicas e tornar viável o acesso a novas linhas de financiamento.

Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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