Como a China reestrutura sua produção para depender menos de importações

Leite/China – Depois do escândalo do leite que explodiu em 2008, a China elaborou uma clara estratégia para reestruturar e aumentar sua produção de leite.
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Leite/China – Depois do escândalo do leite que explodiu em 2008, a China elaborou uma clara estratégia para reestruturar e aumentar sua produção de leite. Os objetivos são múltiplos: melhorar o nível sanitário, tornar o leite chinês mais competitivo, e, sobretudo, depender menos das importações, principalmente procedente da Europa.
Desde então a China estabeleceu um plano nacional drástico de desenvolvimento da produção de leite para reestruturar massivamente sua cadeia. Em oito anos, a paisagem leiteira mudou totalmente: 40% das vacas de leite estão em rebanhos com mais de 100 vacas, enquanto que, em 2008, perto de dois terços dos plantéis eram compostos por menos de 20 vacas. Os objetivos são ambiciosos: o país espera ter 70% de seu rebanho em fazendas com mais de 100 vacas até 2020. As apostas deste plano são múltiplas. O primeiro é sanitário. Desde o escândalo que custou a vida de seis crianças e intoxicou milhares de outras, aumentou o nível da segurança sanitária dos rebanhos, incentivando a eliminação das pequenas propriedades. Em 2010, apenas dois anos depois do escândalo, as autoridades chinesas se recusaram a renovar as licenças de produção da metade das propriedades leiteiras, e subvencionou massivamente a construção de fazendas de grande porte. Para as autoridades, isso melhora o controle da produção, e incentiva as pequenas explorações a se agruparem nos “hotéis de vacas”, unidades de produção de grande porte. O plano de reestruturação deverá sobretudo, permitir ao país depender menos das importações. Atualmente, a China importa 20% de seu consumo de leite e produtos lácteos. O plano pretende favorecer o surgimento de uma dezena de grandes grupos nacionais dimensionados para atender 80% do mercado interno e serem capazes de competir com os gigantes mundiais.
Investimentos do exterior para controlar as importações
Em matéria de importações, a estratégia é reforçar o controle das importações para as empresas chinesas. Assim, multiplicam-se os investimentos no exterior. Na França, duas indústrias chinesas se associaram a cooperativas do Grande Oeste para produzir o leite em pó infantil. Synutra, que investiu na Carthaix, também construiu uma usina na Holanda, desenvolveu uma outra na Dinamarca e uma na Irlanda. Também pelo mundo, os industriais chineses investiram em usinas ou projetos de construção nos Estados Unidos, na Nova Zelândia e na Austrália. Nos países da Oceania, os investidores chineses também compraram fazendas de grande porte. Ainda assim o plano estratégico para melhorar e impulsionar a produção de leite não será suficiente para cobrir o crescimento da demanda chinesas por produtos lácteos. Em 2015, a China tinha um déficit de 11 milhões de toneladas em equivalente-leite. Apesar das medidas tomadas, o déficit deve atingir 18 milhões de toneladas em equivalente-leite em 2025.
http://terraviva.com.br/site/index.php?option=com_k2&view=item&id=11527:como-a-china-reestrutura-sua-producao-para-depender-menos-de-importacoes

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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