Unicamp cria método para identificar mínimas substâncias usadas na adulteração do leite

Estudo encontrou pequenas porções de formol, água oxigenada, entre outros. De acordo com pesquisadores, equipamentos convencionais não são capazes de detectar os produtos.
Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

Estudo da Unicamp identifica quantidades mínimas de substâncias proibidas no leite

Estudo da Unicamp identifica quantidades mínimas de substâncias proibidas no leite

Uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveu uma técnica capaz de identificar pequenas quantidades de substâncias usadas para adulteração do leite. De acordo com o estudo, feito em uma tese de doutorado da instituição, os equipamentos convencionais não eram capazes de detectar pequenas partículas de produtos proibidos como formol, água oxigenada, cândida e soda cáustica.

As substâncias são usadas para estender a vida útil do leite e gerar maior rentabilidade. No entanto, a medida pode causar problemas à saúde ou até levar a morte. Durante o estudo, que durou 18 meses, os pesquisadores usaram pelo menos cinco marcas de leite encontradas em supermercados e identificaram alguns dos produtos.

O método utilizado foi entrar em contato com um produtor de “leite cru” e adulterar o alimento em laboratório até chegar a apenas 1% de cada substância, para poder comparar com os leites dos supermercados. De acordo com o coordenador da pesquisa, Rodrigo Catharino, a maior preocupação foi em relação ao formol.

“Nós vimos muitos casos de adulteração de leite, tanto em mídia, como em literatura. Então, resolvemos direcionar a nossa pesquisa para resolver esse problema. Todas as marcas tinham alguns desses contaminantes no produto final. Tinha marcador de formol, de soda cáustica, isso é preocupante. A nossa pesquisa garante para a população um leite mais saudável», explicou o professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas.

O novo método pode ser utilizado por órgãos fiscalizadores de qualidade e defesa de consumidor, além de empresas que usam o leite como matéria prima.

Pesquisadores da Unicamp analisaram pequenas substâncias para adulteração de leite — Foto: Reprodução/EPTVPesquisadores da Unicamp analisaram pequenas substâncias para adulteração de leite — Foto: Reprodução/EPTV

Pesquisadores da Unicamp analisaram pequenas substâncias para adulteração de leite — Foto: Reprodução/EPTV

Riscos

O médico nutrólogo Edson Credídio afirmou que o leite é um alimento fundamental para a saúde de crianças e adultos e, por isso, os riscos de ter o alimento com quantidades de formol e outras substâncias podem ser irreversíveis.

“As pessoas podem achar que, por serem mínimas substâncias, não faz mal, mas os efeitos podem ser devastadores para o organismo. Você toma o leite e começa a ter problemas de saúde, acha que é o leite, mas não é, é o produto que está nele», disse.

Estudou da Unicamp demorou 18 meses e identificou substâncias como formol — Foto: Reprodução/EPTVEstudou da Unicamp demorou 18 meses e identificou substâncias como formol — Foto: Reprodução/EPTV

Estudou da Unicamp demorou 18 meses e identificou substâncias como formol — Foto: Reprodução/EPTV

Mirá También

Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

Te puede interesar

Notas
Relacionadas