2017 deve ser um ano mais estável para o setor lácteo brasileiro

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Dairy News: 2016 foi um ano de sucesso para a indústria de laticínios?
“Este ano foi incomum para a indústria de laticínios no Brasil, porque a produção de leite diminuiu e seu preço subiu acima de 50 centavos de dólar por litro – isso é um preço bastante alto para nosso país. Tal movimento durou poucos meses, e então o preço caiu novamente, para cerca de 30 centavos de dólar por litro. Somado a isso, houve aumento significativo das importações – nós importamos cerca de 8% do consumo de produtos lácteos, tal patamar era de cerca de 3 a 4%. Além disso, nos últimos 2 anos nós experimentamos uma profunda crise econômica – PIB diminuiu 2-3% por ano, o que é bastante incomum para o Brasil. Nós podemos também falar sobre o impacto da crise política no setor lácteo no Brasil. Quanto ao mercado mundial, na minha opinião, este ano marcou o final do longo período de baixos preços, que havia sido influenciado pela produção de leite na Europa, pelas menores importações da China e também pelo crescimento de estoques na Europa”.
Dairy News: Em sua opinião, no ano passado, apareceram novas oportunidades para o desenvolvimento da indústria de lácteos?
“Este ano, os brasileiros começaram a visitar menos restaurantes e comprar mais produtos para a preparação de alimentos em casa. Os atacarejos cresceram. As pessoas tentam comprar barato e em grandes quantidades. Por outro lado, o setor premium também aumentou, assim, em ambos os segmentos há espaço para o desenvolvimento. Consequentemente, o segmento médio tem dificuldades, embora a maioria das empresas esteja trabalhando com precisão”.
Dairy News: Quais são os principais resultados de 2016 para você pessoalmente e para sua empresa?
“2016 foi um ano de desafios para nós. Crescemos cerca de 10%, o que é um indicador muito bom. Duas das nossas principais realizações foram o Dairy Vision 2016 que realizamos em parceria com a empresa britânica Zenith International, que contou com a presença de palestrantes do mundo todo e o MilkPoint Radar – aplicativo, que permite aos agricultores compartilhar informações sobre o volume de produção de leite, informações sobre sua qualidade e preço. Sabe-se que os preços de leite no Brasil são diferentes dependendo da região, por isso nós estamos orgulhosos deste projeto e acreditamos em seu sucesso”.
Dairy News: O que, na sua opinião, poderá ser 2017 para a indústria de lácteos?
“Na minha opinião, 2017 terá condições mais favoráveis para o setor de lácteos no Brasil, porque os preços globais estão aumentando e as importações devem declinar. Eu também vejo que no próximo ano deverá cair o preço dos grãos no Brasil, e a rentabilidade da produção de leite pode aumentar. Eu acho que em 2017 o mercado de laticínios será, no geral, mais estável do que em 2016, com alguma leve melhora na economia e, consequentemente, no consumo também”.
Dairy News: O que você gostaria de focar no próximo ano?
“No próximo ano nós queremos desenvolver ainda mais o MilkPoint Radar. Nós também queremos lançar uma nova versão da nossa plataforma on-line de cursos, o EducaPoint, onde os especialistas envolvidos na agricultura, poderão ter acesso a centenas de cursos de treinamento. Além disso, em setembro, vamos realizar o Dairy Vision 2017, no qual esperamos para ver representantes da Rússia”.
https://www.milkpoint.com.br/cadeia-do-leite/giro-lacteo/2017-deve-ser-um-ano-mais-estavel-para-o-setor-lacteo-brasileiro-103430n.aspx

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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