Setor do leite resiste à crise e ao fim das quotas

Producao de leite - Produção e consumo dão sinais de recuperação. Indústria investe e emprega mais. Só os preços pagos ao produtor continuam baixos. 
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Produção e consumo dão sinais de recuperação. Indústria investe e emprega mais. Só os preços pagos ao produtor continuam baixos.
A produção de leite no ano passado só aumentou 1% em quantidade, para 1864 mil toneladas, face a 2016, mas o seu valor cresceu 5,4% para 689,1 milhões de euros, que é 12% do valor gerado pelo setor agrícola. O país assegura 1,3% da produção leiteira da União Europeia, segundo dados que a Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite (Fenalac) deverá apresentar esta terça-feira, num fórum dedicado ao “Leite – Produto nacional de excelência”, em Lisboa.
Já na indústria do leite até tem havido um investimento crescente desde 2012, ano de plena crise, a par de um aumento das contratações, desde há quatro anos. Cerca de 329 empresas existentes em 2016 investiram, naquele ano, 41,08 milhões de euros, quase o dobro do valor registado em 2012. O emprego também tem vindo a ganhar expressão. Eram 5650 trabalhadores em 2014, um número que subiu para 5858 pessoas dois anos depois.
O bom desempenho da produção e da indústria levam Fernando Cardoso, secretário-geral da Fenalac, a admitir que “o setor resistiu não só à crise, mas também ao fim das quotas leiteiras”, imposto pela UE desde 1 de abril de 2015, um marco onde muitos viram uma “catástrofe” para Portugal.
A produção, assegurada por 5017 profissionais, é exportadora, um feito de que a indústria não se pode gabar, dadas as importações de queijo e de iogurtes que fazem desequilibrar a balança comercial do setor, nota o dirigente associativo.
Apesar de algum ânimo com o aumento do consumo de leite em 2016 (não há dados para 2017), um dos aspetos menos favoráveis continua a ser o preço pago pela matéria prima ao produtor, que coloca o país na fim da tabela da UE. Para Fernando Cardoso, a situação decorre de Portugal praticar dos preços mais baixos ao consumidor e de, por esse motivo, não se conseguir remunerar melhor a produção. Em janeiro, o preço médio ao produtor foi de 31 cêntimos por quilo de leite, menos 3,5% face a dezembro, segundo o Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA).
https://www.dinheirovivo.pt/economia/setor-do-leite-resiste-a-crise-e-ao-fim-das-quotas/

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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