Sua expectativa é de que, nas próximas semanas, o produto ainda passe por altas. Em agosto, o valor do litro, segundo Dias, deverá subir entre 10% e 15%, enquanto em setembro a tendência é de ligeira alta ou até mesmo de estagnação. “As chuvas estão começando e vai haver a recomposição dos pastos. A previsão é que em setembro e outubro a produção de leite comece e aumentar e o preço recue”, afirma. Para Daniel Dias, os preços do leite de julho do ano passado a janeiro de 2016 estavam praticamente estagnados, devido à política do governo de Dilma Rousseff. Mas, já desde a reeleição da presidente, ocorreram reajustes em áreas que afetam os pecuaristas presidente alguns reajustes aconteceram. “Os custos da energia elétrica, por exemplo, subiram 75% de janeiro a março de 2015. Depois tivemos os repasses dos preços dos combustíveis e, consequentemente, os adubos e óleos para máquinas e equipamentos ficaram mais caros. No geral o produtor de leite perdeu, em termos de custo de produção 44%”, diz. A diminuição da captação de leite foi a principal consequência desse cenário complicado para o produtor. Dias afirma que, em muitos casos, houve abate de matrizes, sendo mais vantajoso vender o animal para os frigoríficos. O comentarista ressalta que o produtor deve ficar atento à possibilidade de alta nos custos de produção. “O milho deverá subir muito no último trimestre do ano. Nós tivemos uma redução de 9 milhões de toneladas, se contarmos as duas safras do Brasil. A soja está indo muito bem nos Estados Unidos e já tem influenciado os preços aqui nos portos, que subiram R$ 7. Este é o momento de ser frio e calculista”.
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