Sem leite, indústria reduz produção em Ichu

O Laticínio Aleluia, que tinha uma captação de 1,2 milhão de litros de leite in natura/mês, com a seca inclemente que abate a região do Território de Identidade do Sisal nos últimos anos
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Laticinio Aleluia tem redução de leite em mais de 50% pr conta da seca
O Laticínio Aleluia, que tinha uma captação de 1,2 milhão de litros de leite in natura/mês, com a seca inclemente que abate a região do Território de Identidade do Sisal nos últimos anos, teve uma drástica redução para 513 mil – mais de 50% a menos -, o que vem impactando o setor de laticínios e a economia regional que já vem esfacelada há bastante tempo.  A fábrica de produtos lácteos do município de Ichu, que já chegou a receber 35 mil litros de leite/dia e já chegou a produzir 3,5 mil quilos de queijo/dia, agora recebe em torno de 17 mil litros e tem uma produção de apenas 1,7 mil quilos de queijo. Na linha de queijo estão coalho, cabacinha, mussarela, provolone, ricota, minas frescal, minas padrão, parmesão, prato lanche, além de requeijão, todos com rotulo Aleluia. Além disso, eles fabricam as balas da marca Café Leite Ichuense. Há ainda a manteiga, iogurte, doce tablete e leite ensacado (barriga mole).
A fábrica, com inspeção da ADAB, mantém rígido controle sanitário, o que pode ser observado nas instalações, equipamentos e funcionários. O crescimento da empresa é importante para a região, uma vez que 85% dos 17.126 litros do leite/dia são originários dos principais municípios fornecedores como Candeal, Tanquinho, Serrinha, Biritinga, Conceição do Coité, São Domingos, Riachão do Jacuípe, Capim Grosso, São José do Jacuípe e Ichu, responsável por 15% da produção.  O empresário José Gonzaga Carneiro disse que a produção de leite depende diretamente da natureza e, com a estiagem, a matéria prima tem diminuído bruscamente. A indústria instalada em uma área de 1.300 metros quadrados é equipada com câmara fria, tanque de produção, caldeira, filadeira, modadeira, tanque de salga e máquina de embalagem a vácuo, entre outros equipamentos.

Empresário José Gonzaga, Latícinio Aleluia em Ichu
A indústria Aleluia, com sede em Ichu, conta com três lojas nos municípios de Conceição do Coité, Serrinha e Feira de Santana e toda a sua produção é destinada a abastecer o mercado baiano, com a saída considerada muito boa pela direção da empresa. Entre os produtos da empresa, destacam-se o queijo mussarela e à bala café leite, que tem grande aceitação no mercado. O empresário Gonzaga Carneiro relata que a empresa conta com 60 funcionários, número que poderia ser muito maior se não fosse à longa estiagem e a grave crise econômica do país. “Nós poderíamos estar, no momento, com cerca de 100 trabalhadores já que a empresa tem capacidade para ampliar a produção e, consequentemente, o número de funcionários”, relata o empresário Gonzaga, que torce para que ocorra uma mudança climática para, gradativamente, tornar mais forte a produção.
 
Tom Araújo protesta contra aumento nas taxas de GTA

Em meio à crise econômica e a estiagem que tem gerado prejuízos a lavoura e a criação de animais na Bahia, o anúncio de um aumento nas taxas de GTA – Guia de Trânsito Animal – documento oficial para trânsito de animais, emitido eletronicamente pelo governo do estado, foi considerado um absurdo pelo deputado estadual Tom Araújo (DEM), que fez um protesto na tribuna da Assembleia Legislativa em apoio aos produtores rurais baianos. “Como é que o governo do Estado aumenta a Guia de Trânsito Animal nessa época de seca, onde agricultura e pecuária estão sendo dizimados pela seca? É desumano. Agora, o criador tem que deslocar seu rebanho de área de seca para outras onde há pastagens para não perder o pouco que lhe resta, e ainda tem que pagar o GTA com aumento? Não dá para acreditar. É uma falta de sensibilidade do governo, uma vez que os últimos meses têm sido de muitas dificuldades para os produtores. Até áreas onde não havia seca e eram consideradas grandes bacias de pecuária estão sofrendo com a seca e perda de animais. O momento é de crise para a categoria, que precisa de investimentos e não de aumento de taxas”, lamentou Tom.
 
Prefeitos serão recebidos por Rui Costa

Governador Rui Costa visita obras da adutora que abastecera Queimadas e Santa Luz
Os prefeitos dos municípios da região sisaleira afetados pela seca, estão sendo convidado pelo governador Rui Costa para uma reunião, que deverá acontecer na segunda ou terça-feira, na Governadoria, em Salvador, para discutir medidas emergenciais que visam minimizar o quadro provocado pela estiagem, que é bastante preocupante. O comunicado foi feito pelo próprio governador durante a visita a cidade de Queimadas, dia 24 de fevereiro, após sobrevoar as margens do rio Itapicuru, inspecionar as obras da nova adutora que abastecerá Queimadas/Santaluz e autorizar a Seinfra a lançar o edital de licitação para recuperar 42 KM da BA-120, no trecho entre Queimadas e Santa Luz, cuja revitalização deverá ter inicio no mês de maio. durante recente visita do governador, o vereador Valmir Bezerra, solicitou ao gestor estadual, através de ofício, a implantação de uma estação de tratamento de esgotamento sanitário na sede do município, devido os dejetos estarem sendo jogados no leito do rio Itapicuru poluindo cada vez mais as águas e as margens do rio com as impurezas.
 
Açude do DENOCS abastecerá Queimadas e Santa Luz
“Água é um bem valioso e a cada dia ela será mais disputada. A lei federal é muito clara e define que em caso de escassez, a prioridade é o ser humano. Na semana passada foi aberta uma comporta do açude do DENOCS em Camandaroba, município de Itiúba e algumas pessoas danificaram o equipamento. Vamos abrir de novo e se for preciso, vamos colocar a polícia porque não vou permitir que sejam causadosdanos. A água pertence ao conjunto da população do estado e não a quem está nos seus arredores. Os habitantes de Queimadas e Santaluz tem o mesmo direito que os moradores de Itiúba”. Com essas palavras, o governador Rui Costa foi bastante claro em seu discurso quando citou o nome da prefeita de Itiúba e disse que precisa da água da barragem do DENOCS para abastecer a população dos dois municípios.
http://www.tribunadabahia.com.br/2017/03/04/coluna-do-dia-04032017

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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