SC: chuvas causam perdas de R$ 20 milhões

O excesso de chuvas dos últimos dias trouxe grandes prejuízos para o agronegócio catarinense e as estimativas iniciais apontam para perdas em torno de R$ 19,3 milhões. A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca
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SC: chuvas causam perdas de R$ 20 mi
Na região de São Miguel do Oeste, prejuízos da produção de leite já giram em torno de R$ 3 milhões
O excesso de chuvas dos últimos dias trouxe grandes prejuízos para o agronegócio catarinense e as estimativas iniciais apontam para perdas em torno de R$ 19,3 milhões. A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca e o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa/Epagri) calculam os prejuízos, principalmente nas safrinhas de feijão e milho, que estão em fase final de colheita, e na produção de leite. Uma atualização do relatório preliminar foi divulgado nesta segunda-feira (12).
As regiões mais atingidas pelas chuvas foram o Oeste, Extremo Oeste, Sul e Rio do Sul. O relatório preliminar de eventuais perdas no setor agropecuário em Santa Catarina utilizou dados levantados pelas gerências regionais da Epagri e por técnicos da Epagri/Cepa nas regiões mais afetadas do estado. O período considerado para os cálculos de prejuízos é de 27 de maio a 9 de junho, com base nas informações do Epagri/Ciram.
Região de São Miguel do Oeste – A produção de leite na região gira em torno de 1,7 milhão de litros por dia e as perdas nesse período de chuvas chegam a 10%. Considerando o preço médio pago pelas agroindústrias, que é de R$ 1,39/ litro, e os 14 dias de mau tempo, os prejuízos já somam mais de R$ 3,3 milhões.
Segundo o engenheiro agrônomo da Epagri em São Miguel do Oeste, Elvys Taffarel, há também perdas indiretas, com o aumento do custo de produção devido ao consumo de silagem e os gastos com saúde animal e reprodução.
Nas lavouras de milho silagem e sorgo o maior problema é a dificuldade na colheita. E nas plantações de feijão 2ª safra, a quebra na produção deve chegar a 40%. Os produtores não conseguem colher os grãos e as estimativas são de que 12 mil sacas de feijão sejam perdidas, um prejuízo que passa de R$ 1,4 milhão (considerando o preço médio de R$ 118/saca).
Os impactos nas lavouras de milho grão e soja ainda não foram quantificados.
Região de Rio do Sul – Com uma safrinha de feijão esperada de 3,1 mil toneladas, as regiões de Rio do Sul e Ituporanga devem perder cerca de 500 toneladas do grão. Em termos financeiros, os prejuízos podem chegar a R$ 940 mil.
A produção de leite também foi comprometida, principalmente, pelo estrago nas estradas o que impossibilitou a coleta do produto em várias comunidades. O técnico da Epagri na região, Saturnino C. dos Santos, explica que até o momento as perdas ainda não foram quantificadas.
Região de Chapecó – Somadas as microrregiões de Chapecó, Concórdia e Xanxerê, que somam 71 municípios, as estimativas para a safrinha de feijão eram de 22,2 mil toneladas de produção. Como metade da área plantada já colhida, as chuvas comprometeram a colheita e a qualidade de 50% da safra.
Segundo informação obtidas com técnicos e produtores dos municípios afetados, cerca de cinco mil toneladas poderão ser perdidas, o que representa um prejuízo entre R$ 8 e R$ 10 milhões.
Ainda não há registro de perdas na produção de leite, mesmo com dificuldades, as coletas continuam sendo feitas.
Região de Joaçaba – Os prejuízos maiores são sentidos na atividade leiteira, com redução de até 15% na produção diária. De acordo com o técnico da Epagri da região, Evandro Anater, considerando um volume de captação de 300 mil litros por dia e o preço de R$ 1,30/litro, o prejuízo pode passar de R$ 682 mil em 14 dias.
A safrinha do milho para silagem foi bastante afetada também, com tombamentos em algumas áreas. No milho grão, são esperadas poucas perdas. A colheita tem avançado nas últimas semanas, sobrando menos de 10% da área plantada por colher.
Região Sul Catarinense – Na região de Criciúma, as perdas estão concentradas nas atividades de horticultura, principalmente nas folhosas.
Na pecuária de leite, as perdas giram em torno de 20% em decorrência das pastagens de inverno não se desenvolverem plenamente.
E a safrinha de feijão também foi comprometida. Como 85% do que foi plantado ainda deveria ser colhido, as perdas podem passar dos 30%. A expectativa de colheita era de 6,1 mil toneladas nas regiões de Tubarão, Criciúma e Araranguá e cerca de 1,5 mil toneladas estarão comprometidas, abandonas das lavouras e/ou o que for colhido não ter qualidade comercial. As perdas podem chegar a R$3 milhões.
Região de Canoinhas – Na região de Canoinhas, os principais problemas estão na atividade leiteira. A captação de leite continua a ser feita por acessos alternativos, por causa das estradas interditadas, porém as pastagens estão sendo danificadas pelo excesso de chuvas.
No município de Ireneópolis, onde o plantio de cebola é realizado sob o sistema de plantio direto, poderá ocorrer replantio de algumas áreas devido às enxurradas.
Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de SC

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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