O Rio Grande do Sul poderá antecipar para 2019 sua declaração de área livre de febre aftosa sem vacinação. A decisão de acelerar o processo foi tomada ontem, em reunião do vice-governador José Paulo Cairoli com representantes de entidades, indústrias e produtores de proteína animal. Segundo o secretário da Agricultura, Ernani Polo, o Estado encaminha nos próximos dias ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a solicitação de uma auditoria nos serviços de controle da doença, a exemplo do que já foi pedido pelo Paraná, com processo marcado para janeiro de 2018.
Polo afirmou que com a auditoria é possível antecipar em dois anos a retirada da vacina, que estava prevista no plano do Mapa para 2021. «A decisão tomada hoje é um divisor de águas e demonstra o amadurecimento do sistema de defesa agropecuária do Rio Grande Sul e seu esforço para atingir as metas do ministério», destacou o secretário, lembrando que a retirada da vacina repercutirá positivamente na bovinocultura de corte e leiteira, na suinocultura e na avicultura. «Vamos entrar em outro patamar de sanidade animal», prevê.
O presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber, destacou que o pedido de antecipação tem efeitos imediatos nas cadeias produtivas. «Vai renovar ânimos e aumentar a disposição do setor com a visualização de novos mercados», comentou. A vacinação contra a aftosa é fator de restrição para a exportação de carne bovina, suína e de aves para diversos mercados. Japão e Estados Unidos já importam carne de Santa Catarina, único estado brasileiro livre da doença sem vacinação. O Rio Grande do Sul é um dos estados livres de aftosa com vacinação.
Fonte: Correio do Povo.