Cinco produções do Queijo Minas Artesanal das Vertentes já possuem certificação de origem e outras estão em processo de reconhecimento. Tudo isso graças a um programa executado há cerca de quatro anos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e a UFSJ.
Ostentar o selo significa que esses produtos da região têm aval para serem comercializados em todo território mineiro e garantia de procedência especial, já que o Minas Artesanal se diferencia dos outros por não ter leite pasteurizado. “Todo queijo tem que ser certificado pelo Governo do Estado ou pelo Governo Federal, mas essa certificação é voltada especialmente para esse, que não é fresco. Na realidade ele tem que ficar na queijaria do produtor no mínimo 22 dias, em processo de maturação, antes de sair para o mercado”, enfatizou o gerente regional da Emater, Ademir Guimarães.
Procedimentos
Ainda segundo Guimarães, para haver a certificação dos produtores locais foi preciso uma força-tarefa conjunta das instituições envolvidas. “Quando essa iniciativa começou envolveu profissionais da universidade que realizaram um levantamento sobre a origem histórica do queijo na região. A Emater e a Epamig ministram cursos para os produtores, orientando sobre os procedimentos necessários para a adequação; e o IMA passou a fiscalizar e certificar”, disse em referência a uma série de procedimentos de segurança a serem seguidos pelos queijeiros.
“Primeiro é feita análise de todo o rebanho, que é submetido a exames de sangue e deve ser vacinado contra aftosa”, destacou Guimarães, lembrando que o controle sanitário é rigoroso, também, com as pessoas que trabalham na fabricação dos produtos artesanais. “Na queijaria entra apenas quem trabalha ou está usando roupa especial, com equipamentos como bota, toca e avental. Além disso, as mãos têm que ser esterilizadas. Isso sem falar que há exames da água e os queijos são enviados periodicamente para checagens laboratoriais”, completou.
Ricardo Tarôco é proprietário de uma queijaria artesanal em São João del-Rei, que já está certificada. Ele salienta a relevância de garantir a sanidade dos seus produtos. “Esses cuidados com a higienização adequada no processo garantem maior qualidade e também que a massa vai, de fato, virar queijo”, afirma.
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