Queda no preço do leite preocupa produtores do Alto Tietê

Produtor espera equilíbrio entre produção, procura e preço da ração. Expectativa é de que preço do litro não passe de R$ 1,50.
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Produtor espera equilíbrio entre produção, procura e preço da ração.
Expectativa é de que preço do litro não passe de R$ 1,50.

Após ter a remuneração mais alta do que de costume no primeiro semestre de 2016, os criadores de gado para produção de leite no Alto Tietê começam a ver o preço do litro despencar. A diferença, que já é notada no supermercado, preocupa criadores, porque o preço da ração está aumentando.

No coxo, o gado recebe capim triturado, além de poupa cítrica, soja e silagem de milho. São 70 vacas para alimentar e, em relação ao ano de 2015, os custos aumentaram para o criador nesse ano.

«Creio que, no mínimo, 30% nos tivemos de aumento na soja e no milho que são os dois componentes mais importantes que a gente usa na produção da ração, que vai ser responsável pela produção do leite», explica o criador Eugênio Deliberato.

Segundo ele, a produção está dentro do esperado no sítio em Mogi das Cruzes. Por dia, as vacas produzem 760 litros de leite que vão para uma cooperativa em São José dos Campos, no Vale do Paraíba. Mas o momento é complicado para o criador, porque o leite desvalorizou de uma maneira que não era esperada em relação ao primeiro semestre.

«Nós tivemos um ano bastante atípico para o produtor de leite. Começamos o ano com um aumento bastante grande, muito maior do que a gente esperava. A produção de leite caiu, a procura foi maior e, consequentemente, o preço do leite subiu».

Deliberato diz que em 2015, a remuneração era de R$ 1,10. Agora, os produtores recebem cerca de R$ 2 por litro. «A média na nossa região ficou em torno de R$ 1,60. Uma boa remuneração.»

O leite em pó importado era usado na fabricação de leite longa vida no Brasil, o que explica a desvalorização do leite ‘in natura’ no mercado. Mas Eugênio explica que a situação deve mudar. Ele, que também é presidente do núcleo de criadores do Vale do Paraíba, diz que uma nova decisão saiu nesse mês. «O Ministério da Agricultura publicou uma instrução normativa, a IN-40, em que proíbe a reconstituição do leite importado. Então esse leite que vem de fora do Brasil não poderá mais ser reconstituído no território, apenas o leite em pó nacional.»

O criador diz que a questão da entrada do leite em pó importado no mercado interno depende de fiscalização. Com a solução do problema, ele espera que o preço do leite não despenque mais a curto prazo, o que é positivo nessa próxima fase já que a oferta vai aumentar.

Os pastos começam a melhorar com a chegada das chuvas até o fim do ano. Depois das últimas, os piquetes da propriedade com capim mombaça ficaram bem verdes. Apesar da oferta alta, Eugênio torce para que o preço, que hoje é de R$ 1,60, caia para no máximo R$ 1,50 até dezembro.

«Nós estamos acreditando que haverá um equilíbrio entre produção de leite, consumo e a venda no mercado. E que haja uma estabilidade no nosso preço até o final do ano, que nos dê condição de trabalhar», conclui.

http://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2016/10/queda-no-preco-do-leite-preocupa-produtores-do-alto-tiete.html

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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