Produtores uruguaios recebem quase US$ 0,32/litro: 8% a mais que seus pares argentinos

O preço médio pago ao produtor de leite do Uruguai é superior ao recebido pelos produtores argentinos pelo quarto mês consecutivo, graças à recuperação dos preços internacionais do leite em pó
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Preços AR x Uruguai – O preço médio pago ao produtor de leite do Uruguai é superior ao recebido pelos produtores argentinos pelo quarto mês consecutivo, graças à recuperação dos preços internacionais do leite em pó. Em outubro passado o preço médio do leite no Uruguai foi de US$ 0,317/litro, 8,5% superior ao valor da Argentina.

Um ano atrás (outubro de 2015) a situação era inversa graças ao câmbio supervalorizado. O ajuste cambial aplicado pelo governo macrista – necessário para unificar os múltiplos tipos de câmbios artificiais vigentes nos últimos tempos do governo anterior – evidenciou que o verdadeiro valor do leite era muito mais baixo ao desmantelar a ficção cambial.

Em abril passado, logo depois do desastre climático ocorrido nas bacias leiteiras de Entre Rios, Santa Fe e Córdoba (de onde vem a maior parte da produção de leite argentina), a indústria precisou incrementar de maneira significativa os preços aos produtores para evitar perder mercadoria.

Os preços se estabilizaram em torno de US$ 0,29/litro. No Uruguai, logo depois do preço médio dos produtores chegarem ao mínimo de US$ 0,23/litro no primeiro bimestre do ano, os valores começaram a se recompor, alinhados com a progressiva recuperação dos preços de exportação do leite em pó integral (cujo valor FOB médio de outubro passado foi de US$ 2.754/tonelada versus US$ 2.351/tonelada em janeiro passado).

As variações de preços no Uruguai são muito menos voláteis que as presentes na Argentina devido, fundamentalmente, a que o principal processador e exportador de leite – Conaprole – dispõe de “fundo de estabilização” que permite resguardar a rentabilidade dos produtores em épocas de preços internacionais baixos, poupando parte do excedente nas fases de preços altos. Além do “fundo de estabilização” privado feito pela Conaprole, o governo do Uruguai implementa, em períodos de crise, um “fundo anticíclico” para atender os produtores de leite.

Este sistema, utilizado através de empréstimos, foi aplicado em 2016, 2008, e 2002. Nos primeiros dez meses deste ano a produção de leite no Uruguai, segundo dados do Inale, foi de 1.427,1 milhões de litros (11,4% menos que no mesmo período de 2015), enquanto na Argentina, segundo dados oficiais correspondentes ao volume informado ao Sistema de Pagamento por Qualidade, de janeiro a outubro deste ano foram processados 5.710 milhões de litros (-12%).

 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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