O encontro aconteceu nesta sexta-feira (28), e buscou sinalizar o produtor quanto ao mercado, definindo medidas, ações e estratégias, propondo melhorias para a cadeia produtiva. Entre os principais assuntos estão os preços pagos pela produção e a harmonização entre produtores e indústria.
Durante a reunião, o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, se posicionou totalmente a favor dos produtores. Como prova deste apoio, ele citou que as discussões acerca da cadeia produtiva do leite já foram repassadas ao Governo do Estado, com o intuito de solucioná-las em prazo emergencial. “Há poucos dias estive com o governador, pedindo respostas quanto às nossas reivindicações. Afinal, precisamos nos mobilizar, defender nossos direitos”, pontuou.
A reunião serviu também para apontar as tendências do mercado, sobre o pedido de revogação da Instrução Normativa (IN) 26 e IN 40, além de dados sobre o setor, destacando os problemas enfrentados entre laticínios e produtor, garantindo o apoio da Faeg em todas as lutas enfrentadas pelos produtores de leite. Quem explanou estes dados foi o gerente de estudos técnicos e econômicos da Faeg, Edson Novaes, que declarou andar lado a lado com o produtor de leite. “Nós da Federação iremos buscar os benefícios fiscais dos laticínios em Goiás”, sinalizou.
Entenda o problema
A Assembleia Geral dos Produtores de Leite aprovou pontos que serão levados para indústrias, governo federal e demais instituições representativas. O primeiro deles é o pedido de revogação da Instrução Normativa (IN) 26 e IN 40, respectivamente, de 21 de julho de 2016 e 20 de outubro de 2016, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As medidas autorizaram, pelo período de um ano, as indústrias de laticínios a reconstituir leite em pó para a produção de leite longa vida (UHT) e leite pasteurizado. O pedido de revogação será feito e caso não seja atendido no período de 10 dias – a contar da data do encontro.
O segundo ponto aprovado foi a criação, em um prazo de até 60 dias, do Conselho Paritário entre Produtores e Indústrias do Leite (Conseleite). A proposta é fazer com que a o setor tenha informações de qual é o custo de produção na atividade leiteira, tanto de produtores quanto de indústrias, além de parâmetros considerados pelo mercado, a fim de estabelecer o valor final do leite a ser pago ao produtor. Caso não seja atendido a criação do Conseleite, a posição dos produtores de leite é de que a Faeg solicite a retirada de incentivos fiscais das empresas que não concordarem com a criação do Conseleite.
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