Produção de doces mantém identidade e gera renda em Araxá

Atividade artesanal cresceu e virou bom negócio para doceiros. Produção atende turistas e mercado nacional; cursos são oferecidos.
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Em várias regiões de Minas Gerais, a produção artesanal de doces faz parte da identidade local. Em Araxá, no Alto Paranaíba, o trabalho mantém, ainda hoje, a atividade familiar como legado cultural de gerações.
Com a profissionalização, a atividade passou a gerar mais empregos, conquistando o mercado nacional e turistas. De acordo com a secretária de Turismo e Eventos, Régia Côrtes, atualmente a cidade tem cerca de sete empresas especializadas nesse ramo, além de pequenas produções caseiras. Visando esse setor, são oferecidos em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) cursos profisionalizantes.
«Fizemos alguns cursos no ano passado e em breve teremos mais um voltado ao desenvolvimento rural e aos pequenos produtores desses produtos artesanais. Além disso, um levantamento está sendo feito juntamente com o IMA (Instituto do Meio Ambiente) para a certificação dos pequenos produtores», ressaltou.
Um exemplo é o da empresária Joana D’Arc, de 83 anos, mais conhecida como Dona Joaninha, que produz receitas clássicas há mais de 45 anos na cidade. A maioria delas passou de geração para geração. O filho da doceira, Luiz Augusto de Almeida, auxilia a mãe na produção e na gerência do negócio que começou de forma familiar e hoje gera empredo e renda com a produção de cerca de 3 mil compotas por mês.
“Minha mãe é pioneira na produção dos doces artesanais em compotas para comercialização. Primeiro ela começou com os doces de frutas e depois os derivados do leite. O nosso negócio que começou entre a família, hoje emprega cerca de 15 funcionário e gera renda para a cidade com turismo”, afirmou.
Entre os doces mais famosos da Dona Joaninha, estão a ameixinha de queijo, o doce de figo, de goiaba, de leite, de laranja da terra e a ambrosia. A produção dessas e de outras delícias é totalmente artesanal, em tachos de cobre, sem conservantes ou corantes. Luiz Augusto conta que o segredo para a produção de doces como a ambrosia, famosa em todo o Estado, está na paciência. “O leite não é talhado e sim cozido durante 8 ou 9 horas. O tempo é fundamental para refinar o gosto e suavizar a presença dos ovos. A maioria das pessoas come e não sabe se eles são ingredientes”, explicou.
Cerca de 70% da produção é comercializada na loja, que fica na própria fábrica, onde são vendidos compotas e outros doces tradicionais de Araxá e também queijo, farinha e quitandas. O restante é comercializado em pontos estratégicos como hotéis, balneários, lojas de artesanatos, associação dos doceiros, clientes de outras cidades, dentre outros.

Outro exemplo é o empresário Euber Geraldo Ferreira que é presidente de uma fábrica de doces fundada em 1970 em Araxá, juntamente com a esposa. De acordo com ele, as receitas são do século XIX, de Ana Porfírio da Rocha e Silva. A doceira transmitia os segredos do ofício aos descendentes, entre eles, Cecília Porfírio de Azevedo, de quem os proprietários da fábrica herdaram as antigas receitas e a quem homenagearam com o nome do produto.
O negócio que também começou de forma familiar, atualmente tem uma produção de cerca de mil compotas diárias e emprega 14 pessoas. “Vendemos para toda a região do Triângulo Mineiro e temos um televendas onde vendemos para outros estados em todo o Brasil. A produção é artesanal, não tem corantes ou conservantes. Os doces que mais vendemos são os derivados de leite, principalmente a ambrosia. Além disso, os de queijo em compotas e pacotes fazem muito sucesso», concluiu.
http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2016/03/producao-de-doces-mantem-identidade-e-gera-renda-em-araxa.html

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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